Diana Silva é uma das 23 eleitas do selecionador Francisco Neto para os jogos particulares da seleção de futebol feminino com o País de Gales, mas, na sua mente, está a vontade de fazer uma surpresa no Europeu.
A pouco mais de um mês da competição, na qual Portugal fará a sua estreia, entre os dias 16 de julho e 06 de agosto, na Holanda, a jogadora do Sporting, de 22 anos, assume que a seleção pode ser vista "como um 'outsider'" na prova, em que parte integrada no grupo D, ao lado das seleções de Espanha, Inglaterra e Escócia.
"Muitas seleções não estariam à espera que nós conseguíssemos o feito que conseguimos de estar no Europeu. Podemos ter o fator surpresa no Europeu, mas isso não é o mais importante para nós. O mais importante é conseguir jogar o nosso futebol, mostrar a nossa qualidade e afirmarmo-nos no futebol feminino internacional", afirma.
Em declarações à agência Lusa, Diana Silva recusa a ideia de nervosismo pela proximidade do campeonato da Europa, embora reconheça a "ansiedade" pelo desejo de integrar a convocatória final para a competição, descrevendo-a como "um momento do qual toda a gente quer fazer parte".
Os recentes resultados positivos do futebol feminino português levam a jovem futebolista a enaltecer o "momento de mudança" que se vive na modalidade: "Sentimos mesmo que as coisas estão a mudar no futebol feminino, que estão a evoluir para algo positivo e talvez dentro de alguns anos as jogadoras vão poder ter outras condições que não tivemos."
A seleção feminina ocupa atualmente o 38.º lugar do 'ranking' mundial, três posições atrás do País de Gales, adversário dos jogos particulares agendados para quinta-feira e domingo. Perante a valia das britânicas, Diana Silva reforça a importância de defrontar equipas mais fortes para a evolução do conjunto liderado por Francisco Neto.
"Jogar contra equipas que estão acima de nós no 'ranking' traz sempre coisas positivas", refere, sem deixar de considerar que não está confirmada na convocatória para o Europeu, apesar dos 34 golos e 21 assistências: "Não estou segura. A decisão não parte de mim, parte do selecionador."
Aliás, a jogadora garante não ligar aos números e prefere valorizar o coletivo, que resultou esta época na 'dobradinha' para o Sporting, com a conquista do campeonato e da Taça de Portugal na época de estreia das 'leoas'.
"Gosto de contribuir para as vitórias da equipa. É uma das minhas funções como avançada: marcar golos e assistir. Fui crescendo ao longo da época, melhorando várias coisas que não estavam tão bem e fico feliz por ter conseguido ajudar a equipa nos títulos conseguidos. Melhor era impossível", finaliza.
A seleção feminina cumpriu esta tarde, na Cidade do Futebol, em Oeiras, o primeiro treino de preparação para os jogos particulares com o País de Gales. A equipa volta a treinar na terça-feira, com duas sessões de trabalho.
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