
O Ruanda, o primeiro país africano da história a receber os mundiais de ciclismo de estrada, entre 21 e 28 de setembro, está a preparar o mais duro percurso até à data, com um desnível acumulado de 5.000 metros, foi hoje anunciado.
“A prova mais difícil, em Zurique (2024), tinha cerca de 4.000 metros de desnível. No Ruanda, tem mais 1.000 metros, cerca de 5000 metros de desnível”, explicou o presidente da federação de ciclismo, Samson Ndayishimiye, em conferência em Londres.
Desde que começaram, em 1927, os mundiais de ciclismo de estrada nunca passaram pelo continente africano, pelo que o evento é acolhido como um momento de celebração para a região.
“O Ruanda tem sido um país muito afortunado, pois tem tudo o que o ciclismo e os ciclistas precisam como desporto”, justificou o dirigente.
Entre as novidades destes Mundiais, igualmente o facto do contrarrelógio começar, pela primeira vez, em recinto fechado, nomeadamente no BK, um pavilhão de basquetebol com capacidade para 10.000 espetadores.
Os organizadores garantem igualmente que o país da África central tem uma rede de estradas adequadas às exigências deste evento.
As grandes figuras do ciclismo internacional são esperadas em Kigali, nomeadamente o atual campeão mundial de fundo, o esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates), sendo que a organização garante que não haverá qualquer problema de segurança, apesar do conflito armado com o vizinho Congo.
A União Europeia chegou a pedir à União Ciclista Internacional (UCI) para mudar o país organizador, mas esta não acedeu às suas pretensões.
Além de tranquilizar os competidores, a organização confia ainda na visita “entre 4.000 a 7.000 visitantes internacionais” que se deslocam para assistir ao evento.
De igual modo, são esperados cerca de 300 milhões de telespetadores durante a semana, tendo em contra que haverá 140 transmissões televisivas.
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