A antiga capitã da seleção angolana de futebol feminino, Irene Gonçalves, defendeu um maior incentivo aos clubes para aderirem à classe feminina. A antiga jogadora deu o exemplo do 1º de Agosto e Interclube.

Em entrevista à Angop, a antiga atacante da Mabo e Progresso do Sambizanga, sublinhou a importância do apoio institucional para que o regresso aos períodos áureos, que decorreram entre a década de 90 e 2006.

“Agora é necessário apoio institucional para realização das competições, principalmente a nível nacional. Creio que vai depender muito da Federação Angolana de Futebol na aposta séria no futebol feminino e dar continuidade aos projetos em curso e pesquisas feitas a nível nacional”, disse.

Irene Gonçalves considera o estado atual da modalidade no país em fase de melhorias, ressaltando a aposta na massificação, com trabalho na formação de crianças, assim como na divulgação da modalidade nos municípios de modo a aumentar o número de praticantes.

Com efeito, mostrou-se convicta de que este passo permitirá a divisão por escalões para que dentro de dois anos se possa ter campeonatos provinciais e nacionais em infantis, juvenis, juniores e seniores, assim como o regresso das seleções nacionais à competição internacional, principalmente em sub15, sub17 e sub20.

A ex-jogadora considerou a sua contribuição como “a melhor possível” para que a modalidade continuasse viva desde quando estava prestes a desaparecer com a ausência de campeonatos provinciais em 2012 e 2013.

Nesta senda e na qualidade de impulsionadora para o retorno do futebol feminino, indicou que existe trabalho de continuidade com realização de torneios seniores a nível nacional com equipas das províncias de Malanje, Benguela, Cabinda e Huíla, que já têm trabalhado neste domínio.

Irene Gonçalves informou ainda que nesta fase estão a ser disputadas as competições infantojuvenis unificadas e campeonatos júnior e sénior unificados em Luanda, assim como provas regulares em várias regiões de Angola, torneios inter-provinciais e jogos amigáveis.