O presidente do Sporting da Covilhã, atual 15.º classificado da II Liga em futebol, disse hoje sentir-se “injustiçado” pela arbitragem, após a derrota (1-0) em casa do Trofense, jogo em que os serranos acabaram reduzidos a oito jogadores.
“Toda a gente viu o que se passou hoje neste estádio. O Sporting da Covilhã é do interior do país e não deve um cêntimo às pessoas, à Segurança Social, às Finanças, aos jogadores, a ninguém. Mas, o Sporting da Covilhã hoje sente que foi aqui injustiçado por alguém que veio aqui passar uma tarde desportiva que não era a nossa", referiu José Mendes.
O dirigente desportivo referia-se à arbitragem do bracarense Manuel Mota, que expulsou três jogadores do Sporting da Covilhã nos últimos 25 minutos de jogo. Na sequência da última expulsão, por vermelho direto mostrado a Edgar, aos 85 minutos, o Trofense fez o único golo da partida, através de uma grande penalidade convertida por Hélder Sousa, aos 87 minutos.
“Felizmente, fizemos os pontos necessários para não descer de divisão e vamos trabalhar todo o resto da época, mas ando desde os 12 anos no futebol e julgava que já tinha visto tudo, mas hoje vi que não", disse José Neves.
Questionado sobre como seria o próximo jogo do clube, uma vez que terá pelo menos três baixas, o dirigente disse não estar "preocupado" e ironizou: "Não há problema, porque temos lá muita pedra e em vez de jogar vamos para a serra partir pedra".
O dirigente avançou, por fim, que não vai enviar uma exposição à Liga Portuguesa de Futebol Profissional porque, considerou, "nem vale a pena", mas quer ver feita "justiça".
Apesar deste resultado, à jornada 36, o Sporting da Covilhã mantém-se no meio da tabela, mas somou o 12.º jogo consecutivo sem ganhar, uma vez que não conquista os três pontos desde janeiro, quando recebeu e bateu o Tondela, por 1-0.
O treinador do Sporting da Covilhã, Francisco Chaló, não quis comentar o jogo e avaliar a prestação das equipas, limitando-se a acompanhar o presidente do Covilhã nas críticas à arbitragem.
“Eu gosto muito de cinema. Já vi o ‘Ali Bá Bá Bá e os 40 ladrões’ e hoje vi um filme com esse conteúdo e com esse enredo e também um filme de terror. Quando alguém que é pseudo-profissional nos humilha assim, resume-se a história. Sinto-me injustiçado e humilhado", disse Francisco Chaló.
Já o treinador do Trofense, que apesar desta vitória se mantém perto da zona de despromoção, com apenas um ponto a mais que o "lanterna vermelha", o Atlético, tendo, no entanto, ganhado terreno face ao antepenúltimo, a Oliveirense, que perdeu (3-2) em casa do Sporting B, escusou-se a comentar as declarações do adversário, que considerou o resultado "justo".
"O Trofense foi, de longe, a melhor equipa, contra um adversário que foi uma surpresa tendo em conta os seus últimos 12 jogos. Apesar do anti-jogo e simulações, fomos grandes e conseguimos contornar a situação. Merecemos, mas peca por escasso", disse Porfírio Amorim.
Comentários