O Sporting da Covilhã vai regressar ao Estádio Santos Pinto na próxima época futebolística, depois de sete temporadas a jogar no Complexo Desportivo da cidade, uma decisão aplaudida pelos sócios, que há muito reclamavam essa mudança.

A informação foi adiantada pelo presidente, José Mendes, na noite de quinta-feira, durante a Assembleia Geral do clube, e foi recebida com agrado pelos sócios, alguns dos quais deixaram de ir ver os jogos quando a equipa passou a jogar no novo campo, em 2006.

«Lá em baixo [Complexo Desportivo] nem conheço os jogadores. Só sei quem são porque estou a ouvir o relato e vejo os números», comenta Humberto Cruz, «agradavelmente surpreendido» com a notícia.

«No Santos Pinto estamos em cima dos jogadores e dos árbitros, os jogadores vão sentir-se mais apoiados», acredita João Albuquerque, em declarações à agência Lusa.

António Cardona era sócio cativo, mas com a mudança de estádio deixou de ir ao futebol.

«Desde que saíram do campo lá de cima, o futebol morreu para mim», salienta, enquanto assiste a uma partida de bilhar na sede. O regresso ao antigo estádio, crê, poderá aumentar a assistência nos jogos.

José Mendes diz que a decisão pretende ir ao encontro da vontade dos sócios, mas o regresso à antiga casa, na zona alta da cidade, a cerca de 900 metros de altitude, obriga a algumas adaptações no campo.

Um grupo de pessoas já iniciou alguns trabalhos. O presidente sublinha os constrangimentos financeiros dos serranos e espera que as modificações se possam fazer com a ajuda de amigos do clube.

Humberto Cruz, sócio há 52 anos, entende que «a única vantagem» de jogar no Complexo Desportivo é o conforto. «Lá em cima não é tão confortável, mas prefiro estar à chuva. No Santos Pinto os jogos têm maior emoção, os jogadores sentem mais o calor dos adeptos», realça.

Por outro lado, acredita que isso se possa refletir no desempenho dos "leões da serra" na II Liga de futebol.