A Argentina, que conseguiu em 2021 a 15.ª vitória na prova, e a Colômbia, campeã apenas em 2001, disputam no domingo uma inédita final na 48.ª Copa América em futebol, com os campeões do Mundo como favoritos.

No Hard Rock Stadium, em Miami Gardens, na Florida, os ‘albi-celestes’ apresentam-se como detentores do Mundial, da Copa América e da Finalíssima, e vão disputar a sétima final desde 2014, enquanto os ‘cafeteros’ não jogam por um título há 23 anos.

Além de terem triunfado nas últimas três finais, entre 2021 e 2022, os argentinos apresentam um registo impressionante de apenas duas derrotas - mais 46 vitórias e 14 empates - nos últimos 62 jogos, desde que perderam com o anfitrião Brasil por 2-0 nas meias-finais da Copa América de 2019, em 03 de julho de 2019.

Pela frente, o ‘onze’ de Lionel Scaloni, que neste entretanto só perdeu com Arábia Saudita e Uruguai, vai ter, no entanto, uma seleção, liderada pelo argentino Néstor Lorenzo, que atravessa o maior período de invencibilidade da sua história, ao nível de jogos: são já 28, com 22 vitórias e seis empates.

O derradeiro desaire data de 01 de fevereiro de 2022, dia em que os colombianos perderam por 1-0 precisamente com os argentinos, em Córdoba, na corrida ao Mundial2022, culpa de um golo de Lautato Martínez, o melhor marcador da edição 2024 da Copa América, com quatro tentos, mesmo só com dois jogos como titular.

Na anterior Copa América, em 2021, as duas formações também se defrontaram, nas meias-finais, com Lautaro, mais uma vez, a adiantar a Argentina, aos sete minutos, e o ex-portista Luis Díaz a empatar, aos 61, antes de ‘Dibu’ decidir nos penáltis (3-2).

A Argentina parte, assim, por cima, liderada e ‘capitaneada’ por Lionel Messi, que apareceu em bom plano na meia-final, com o Canadá (2-0), conseguindo o seu primeiro golo na presente edição e o 14.º na história da Copa América, em 38 jogos.

Por seu lado, o ex-portista James Rodríguez é a grande referência dos colombianos, somando já seis assistências na prova, o que lhe permitiu bater o recorde de Messi, que havia conseguido cinco na edição de 2021.

Dos dois lados, há muita qualidade, sendo que a Argentina tem-se mostrado uma fortaleza defensiva, num trabalho coletivo, de equipa, mas que, quando tudo falha, tem tido sempre no guarda-redes Emiliano Martínez um seguro de vida.

Dibu, sempre muito bem protegido por Romero e Lisandro Martínez, que ‘roubou’ o lugar ao benfiquista Otamendi, apenas conta um golo sofrido e já conseguiu mais uma façanha na ‘lotaria’ dos penáltis, nos ‘quartos’, com o Equador.

Depois, há o incansável De Paul, o ex-benfiquista Enzo Fernández e Mac Allister, num meio-campo de grande andamento, e, na frente Messi, que, na final deverá ter ao seu lado Di María, em despedida da seleção, e Julián Álvarez, ou Lautaro.

A Colômbia também tem um conjunto de grande qualidade, em que o todo até será melhor que a soma das partes, com James ladeado, entre outros, pelo ‘velocista’ Luis Díaz, sempre um perigo, e pelos esteios Richard Rios, que saiu lesionado do embate das meias-finais, e Lerma.

Na defesa, Davinson Sánchez tem sido o líder e, no jogo do título, fará muita falta o lateral direito Daniel Muñoz, uma das revelações da prova, que soma dois golos, com Paraguai e Brasil, e não jogará por castigo, ao ser expulso nas ‘meias’ com o Uruguai.

O encontro entre Argentina e Colômbia, que decidirá a 48.ª edição da Copa América, realiza-se no domingo, pelas 20:00 locais (01:00 de segunda-feira em Lisboa), no Hard Rock Stadium, em Miami Gardens, na Florida, com arbitragem do brasileiro Raphael Claus.

Ao contrário dos quartos de final e das meias-finais, a final contempla prolongamento em caso de empate no final dos 90 minutos.

Se triunfar, a Argentina ficará isolada na liderança do ranking de vitórias na prova, com 16 troféus, contra 15 do Uruguai, enquanto a Colômbia procura o segundo título e igualar no quarto posto Peru, Paraguai e Chile.