O Real Madrid não sentiu dificuldades para bater o Cornellà por 4-1, em jogo da primeira-mão dos 16-avos-de-final da Taça de Espanha.
A festa foi da pequena localidade da Cataluna mas foi o Real quem se colocou em boa posição para seguir em frente, mesmo jogando com muitos "suplentes".
Cerca de 40 mil adeptos do Cornellà encheram o ... Cornellà el Prat, casa do Espanhol de Barcelona, para o jogo mais importante do clube. O Municipal de La Via Fèrria, casa do Cornellà, com os seus 1500 lugares, não seria suficiente para receber um anfitrião do calibre dos merengues. A turma que milita na terceira divisão do futebol espanhol sonhava com uma "gracinha", que passava por vencer o todo-poderoso Real Madrid, que no sábado desferiu um duro golpe nas aspirações catalães ao vencer o Barcelona por 3-1.
Empolgados, depois de deixarem para trás o Zamora (3-2) na segunda ronda e o Leioa (2-1) na terceira fase, a União Desportiva Cornellà entrou em campo, tentando tardar o mais possível o golo madridista, sem nunca descurar o contra-ataque. Para isso, os jogadores sabiam que tinham de dar tudo, jogar juntos, sacrificarem-se uns pelos outros. E foi o que fizeram até Varane desferir o primeiro golpe no sonho, aos 10 minutos. Após canto de James, o central francês saltou mais alto e cabeceou para golo. Repetiu a dose aos 36 minutos, outra vez de canto, outra vez a passe de James. Era um regresso feliz de Varane a um estádio onde se tinha lesionado com gravidade na temporada passada.
O resultado espelhava as condições dos dois clubes: um Cornellà com um orçamento de um milhão de euros e um Real Madrid com receitas anuais de 600 milhões. O prémio de jogo do Cornellà, caso eliminasse os merengues, era de 1400 euros para cada jogador.
Para este encontro, Ancelotti fez sete alterações no onze, em relação a equipa que venceu o Barcelona no sábado. Khedira foi titular pela primeira vez esta época, Nacho e Varane fizeram a dupla de centrais, Chicharito e Benzema a dupla de avançados. Apenas James, Isco e Benzema sobraram da equipa que bateu os blaugrana.
Sabendo da sua superioridade em campo, o Real Madrid raramente acelerou. Foi jogando a passos, cometendo deslizes aqui e ali. E num deles aproveitou o Cornellà para marcar aos 19 minutos, para delírio dos quase 40 mil espetadores nas bancadas. Varane, Nacho e Arbeloa ficaram a olhar uns para outros enquanto Muños aproveitava a falha de marcação para receber e "fuzilar" Keylor Navas e restabelecer a igualdadde. O resto da primeira parte foi feito com muita posse de bola do Real Madrid (75 por cento contra 25 do adversário), muitos toques mas pouca objetividade. Pelo meio, Varane fez o 2-1.
Já a pensar no encontro de sábado com o Granada, fora de portas, Ancelotti tirou James e lançou Marcelo no encontro. O brasileiro entrou para dar espetáculo, adornando os lances. Tentou um golo de calcanhar aos 73 minutos, mas sem sucesso. Aos 75 aproveitou uma defesa incompleta do guarda-redes contrário para fazer o 4-1. Pelo meio, aos 50´ Chicharito Hernández tinha feito o 3-1, num remate forte e rasteiro, após ganhar um ressalto.
O público terminou o jogo a aplaudir as habilidades dos jogadores do Real Madrid, em especial Marcelo, o "artista" de serviço. O resultado até poderia ter sido outro, não fosse a displicência dos jogadores do Real Madrid.
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