As autoridades municipais de Guayaquil, Equador, interditaram hoje o estádio onde, pelas 23:00 de Lisboa, se disputaria o Barcelona-Flamengo, da Taça Libertadores de futebol, devido a um surto de covid-19 entre a comitiva brasileira.
"Interdita-se temporariamente o estádio Monumental, estádio do Barcelona, para encontros desportivos de qualquer índole, seja com público ou sem ele, até ordens futuras", pode ler-se numa resolução que foi hoje divulgada pelo diretor médico municipal, Carlos Salvador, e assinada pela autarca de Guayaquil, Cynthia Viteri.
"Estamos perante um caso de alto risco, uma vez que os jogadores tiveram contacto estreito e sem equipamentos de proteção individual", ressalvou Salvador, numa conferência de imprensa que se seguiu a uma inspeção.
A poucas horas do encontro, esta medida segue-se a sete testes positivos no seio da equipa brasileira, que ainda hoje confirmou que o médico Márcio Tannure, bem como Juan Santos, do departamento de futebol, também testaram positivo à covid-19 e encontram-se isolados naquela cidade do Equador.
Os jogadores, que não estão a demonstrar sintomas, não foram identificados pela formação do Rio de Janeiro, exceto o ex-FC Porto Diego, que admitiu sentir-se com dores e garganta inflamada, numa mensagem publicada nas redes sociais.
Até ao momento, a CONMEBOL não cancelou ou adiou a partida, permitindo aos cariocas chamar substitutos para os convocados, no lugar dos jogadores infetados.
No grupo A da prova continental que arrancou há poucos dias, depois da paragem, o Flamengo, campeão em título, tem seis pontos, seguindo em segundo lugar atrás do Independiente del Valle, que os bateu por 5-0 na ronda anterior, com o Júnior (Colômbia) em terceiro, com três, e o Barcelona com zero.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 965 mil mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 1.925 em Portugal.
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