Está encontrado o sucessor de Portugal. A Itália sagrou-se este domingo campeã da Europa pela segunda vez (a primeira foi em 1968), ao bater a Inglaterra em Wembley no desempate por grandes penalidades, por 3-2, depois do empate (1-1) registado ao fim de 120 minutos de jogo corrido.
No tempo regulamentar, Luke Shaw adiantou os ingleses, logo aos dois minutos, e Leonardo Bonucci empatou para os transalpinos, aos 67. Da marca dos onze metros, a Itália converteu três dos cinco pontapés, enquanto a Inglaterra anotou apenas dois, com Donnarumma a defender outros dois e Marcus Rashford a atirar ao poste.
A ‘squadra azzurra’, que igualou em Wembley os dois cetros da França e colocou-se a de Alemanha e Espanha, também conta no seu palmarés com quatro título mundiais, conquistados em 1934, 1938, 1982 e 2006.
No lado italiano, Roberto Mancini optou pela mesma equipa que afastou a Espanha nas meias-finais. Por sua vez, Gareth Southgate lançou Kieran Tripper para o lugar de Bukayo Saka e apostou num esquema de três centrais, com Kyle Walker ao lado de Maguire e Stones no centro da defesa.
A lutar pelo primeiro título de sempre num Europeu, a Inglaterra não podia ter pedido melhor entrada no jogo. Numa transição rápida aos três minutos, Harry Kane abriu à direita para Kieran Trippier e o lateral cruzou para o segundo poste, onde surgiu Luke Shaw a finalizar de primeira nas costas de Giovanni Di Lorenzo. O lateral do Manchester United estreava-se a marcar pela seleção inglesa, na sua 16.ª internacionalização.
De realçar que Shaw superou, por quatro minutos, aquele que era o golo mais rápido em finais do Campeonato da Europa, apontado pelo espanhol Jesus Pereda, aos seis minutos do jogo decisivo de 1964, frente à União Soviética.
A Itália tentou responder aos 8 minutos, num livre cobrado por Lorenzo Insigne, mas a bola passou por cima da baliza de Jordan Pickford. A equipa transalpina mostrava dificuldades em chegar com qualidade à área adversária e em controlar as subidas dos alas ingleses, que estavam endiabrados.
A equipa de Gareth Southagate acabou por baixar o ritmo, com os italianos a aproveitarem para ter mais bola. A melhor oportunidade para a 'squadra azzurra' acabou por surgir aos 36', numa grande arrancada de Chiesa, com o remate, em zona frontal, a rasar o poste.
A Itália tentava chegar, pelo menos, ao empate mas continuava a esbarrar na organizada defesa inglesa. Já perto do intervalo, Ciro Immobile correspondeu ao cruzamento de Giovanni Di Lorenzo com um remate de primeira, que embateu na perna de John Stones. Logo a seguir, Verratti atirou à figura de Pickford.
A segunda parte começou com a Inglaterra a pedir grande penalidade por uma eventual falta de Chiellini sobre Sterling. O árbitro Bjorn Kuipers mandou seguir.
Já com Berardi e Cristante em campo, a Itália foi dando que fazer a Jordan Pickford. O guardião inglês esteve em grande ao travar o remate rasteiro de Chiesa aos 62', mas nada pôde fazer para evitar o empate dos transalpinos, minutos depois: canto batido na direita, com Verratti a cabecear e Pickford a defender para o poste. Na recarga, Leonardo Bonucci atirou para o fundo da baliza.
Com este golo, o central italiano, de 34 anos, tornou-se o mais velho jogador a marcar em finais do Euro, superando o recorde que pertencia ao alemão Bernd Hölzenbein, que, com 30 anos e três meses e 11 dias, faturou na final de 1976, no desaire da RFA face à Checoslováquia, no desempate por grandes penalidades.
A Itália esteve muito perto de dar a volta aos 74 minutos, com Bonucci a lançar em profundidade Berardi, mas o avançado do Sassuolo rematou por cima na cara de Pickford. Chiesa, que estava a ser um dos melhores em campo, saiu lesionado e deu lugar a Bernardeschi, numa altura em que as duas equipas já aguardavam pelo prolongamento.
A 'squadra azzurra' continuou a ameaçar a baliza de Pickford depois do tempo regulamentar, com destaque para uma perdida de Bernardeschi, que acabou por ser atrapalhado pelo guarda-redes inglês quando se preparava para encostar. A Inglaterra foi crescendo nesta fase, mas também não conseguiu incomodar Donnarumma.
Nas grandes penalidades, a Itália converteu três dos cinco pontapés, enquanto a Inglaterra anotou apenas dois, com Donnarumma a defender outros dois e Marcus Rashford a atirar ao poste.
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