Dezanove pessoas ficaram hoje feridas em Marselha (sul de França) na sequência de agressões entre apoiantes antes do jogo Inglaterra-Rússia, indicaram os bombeiros, incluindo um inglês que foi hospitalizado em estado grave.
Às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), quando começava o jogo, considerado um dos mais arriscados do campeonato europeu 2016, os bombeiros registavam 19 feridos nos confrontos junto da zona do Vieux-Port.
Um adepto inglês estava entre a vida e a morte, depois de ter sido agredido, cerca das 17:30 locais, "com barras de ferro, aparentemente na cabeça", indicou uma fonte policial.
As equipas de socorro tentaram reanimá-lo no local, antes de ser transferido para um hospital, acrescentou. O prognóstico vital está comprometido, afirmou o prefeito da polícia des Bouches-du-Rhône Laurent Nunez.
Uma hora antes do início do jogo, a calma regressou à zona do Vieux-Port e os incidentes deslocaram-se para a zona circundante do estádio Velódromo.
As forças de segurança utilizaram granadas de gás lacrimogéneo e um canhão de água para dispersar os apoiantes russos e ingleses, alguns dos quais se confrontavam ou lançavam garrafas junto à rotunda do Prado, na zona do estádio. A ordem foi rapidamente restabelecida, de acordo com os jornalistas da agência noticiosa France Presse (AFP) no local.
Nunez acrescentou que as forças de segurança responsáveis pela separação dos adeptos russos e ingleses "foram atacadas" pelos adeptos.
Durante a tarde, "a polícia interveio para acabar com rixas que opunham adeptos ingleses, russos e franceses", tendo sido interpeladas seis pessoas, disse.
"Intervimos sistematicamente em rixas para dispersar", acrescentou. O caso mais grave opôs cerca de 500 adeptos - 300 de um lado e 200 de outro - numa rua perpendicular ao Vieux-Port.
Incidentes semelhantes tinham já sido registados na quinta e sexta-feira, em Marselha, mas entre menos adeptos e sem causar feridos graves.
O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, condenou esta noite "o comportamento irresponsável e deliberado de pseudo adeptos", na sequência dos "incidentes inaceitáveis" em Marselha.
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