Portugal, Turquia e Geórgia serão os obstáculos da Chéquia no Grupo F do Euro2024. Apesar de nunca ter vencido um campeonato da Europa, os checos já estiveram no jogo decisivo, quando perderam a final do Euro1996 diante da Alemanha por 2-1, após prolongamento. 20 anos antes, como Checolosváquia, venceu a prova em 1976, derrotando a... Alemanha, também nas grandes penalidades (5-3), após 2-2 nos 120 minutos. Em 1993, a Checoslováquia dividia-se em dois países para dar lugar a República Checa, hoje Chéquia, e Eslováquia.

Como se apurou para o Campeonato da Europa de 2024

2.ª no Grupo E (8 jogos, 4 vitórias, 3 empates, 2 derrota, 12 golos marcados, 6 golos sofridos

Os checos conseguiram o bilhete para o Alemanha2024 ao terminarem no segundo lugar do Grupo E, com os mesmos 15 pontos da líder Albânia, mas à frente da Polônia, Moldávia e Ilhas Faroé. Na caminhada, destaque para os triunfos por 3-1 diante da Polónia. Foi o oitavo apuramento seguido para uma fase final de um Europeu de futebol.

Curiosidade estatística: no único título ganho, ainda sob a designação de Checoslováquia em 1976, sobressaiu um nome cuja técnica fez escola: nos desempate por penáltis diante dos alemães, na final, Antonín Panenka mostrou frieza total para 'picar' a bola desde a marca dos 9,15 metros e marcar com classe, dando nome aos penáltis marcados dessa forma: à Panenka.

Histórico de participações no Euro

Presenças anteriores em fases finais: 10 (7 como República Checa, 3 como Checoslováquia)
Registo total: 37 jogos, 15 vitórias, 7 empates, 15 derrotas, 48 golos marcados, 47 golos sofridos
Melhor desempenho: Vencedora (1976) como Checoslováquia, finalista vencido em 1996 como Chéquia.
Último Euro: ficou-se nos quartos de final em 2000

Como Checoslováquia, o país ficou em terceiro logo na sua estreia, em 1960, e também em 1980. Falharia os três Europeus seguintes antes de levantar o troféu diante da Alemanha em 1976.
Na campanha até a final em 1996, eliminou Portugal nos quartos graças a um golaço de chapéu de Karel Poborsky, que jogava no Benfica. A França cairia nas meias-finais, nas grandes penalidades. Em 2004 em Portugal passaram em primeiro no seu grupo, eliminado a Alemanha e afastando a Dinamarca nos quartos de final, antes de caírem diante da Grécia que viria a sagrar-se campeã.

Quem é o selecionador?

Ivan Hasek assumiu a equipa em a 04 de janeiro de 2004, após a saída de Jaroslav Silhavy, que se demitiu após garantir a qualificação para o Euro2024. Para o técnico de 60 anos é um regresso, já que tinha comandado a seleção checa em 2009, na altura com uma breve passagem (fez apenas cinco jogos) e quando era também presidente da federação.

Como jogador, Hasek foi capitão da equipa da Checoslováquia que competiu na fase final do Campeonato do Mundo de 1990, em Itália, e, como treinador, o seu último cargo foi como selecionador do Líbano, em 2021. O checo fez grande parte da sua carreira de técnico nos Emirados Árabes Unidos, tendo passado também pelo futebol francês e japonês.

Quem são as estrelas e os jogadores a ter em conta?

Jogador mais utilizado na fase de qualificação: Tomás Soucek e Tomás Holes (8 jogos),
Melhores marcadores na fase de qualificação: Václav Cerny (3 golos) e Tomás Soucek (3 golos)

A maior parte dos jogadores habitualmente convocados dividem-se entre o principal campeonato checo e algumas ligas europeias. Apesar de não ter nomes sonantes , há que ter debaixo de olho jogadores como os avançados Adam Hlozek e Patrik Schick, e o guarda-redes Matej Kovár, todos do Bayer Leverkusen, campeão alemão e vencedor da Liga Europa, Antonín Barák da Fiorentina, o defesa esquerdo David Jurásek, emprestado pelo Benfica ao Hoffenhein, o médio Tomás Soucek do West Ham. O Slavia Praga e o Viktoria Plzen são os principais fornecedores locais de jogadores à seleção checa.

Os 26 convocados da Chéquia

 - Guarda-redes: Vítězslav Jaroš (Sturm Graz), Matěj Kovář (Leverkusen) Jindřich Staněk (Slavia Praha)

 - Defesas: Vladimír Coufal (West Ham), David Douděra (Slavia Praha), Robin Hranáč (Viktoria Plzeň), David Jurásek (Hoffenheim), Ladislav Krejčí (Sparta Praha), Martin Vitík (Sparta Praha), Tomáš Vlček (Slavia Praha), David Zima (Slavia Praha)

 - Médios: Antonín Barák (Fiorentina), Lukáš Červ (Viktoria Plzeň), Tomáš Holeš (Slavia Praha), Matěj Jurásek (Slavia Praha), Ondřej Lingr (Feyenoord), Lukáš Provod (Slavia Praha), Michal Sadílek (Twente), Tomáš Souček (West Ham), Pavel Šulc (Viktoria Plzeň)

 - Avançados: Václav Černý (Wolfsburg), Tomáš Chorý (Viktoria Plzeň), Mojmír Chytil (Slavia Praha), Adam Hložek (Leverkusen), Jan Kuchta (Sparta Praha), Patrik Schick (Leverkusen)