A Espanha garantiu a passagem às meias-finais do Euro2020, depois de bater a Suíça por 1-3 nas grandes penalidades, depois de um empate a uma bola nos 120 minutos.
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Após afastar a campeã do Mundo, França, a Suíça queria continuar a fazer história neste Euro2020. Pela frente, uma Espanha em crescendo na prova, com muita capacidade de criação ofensiva mas também com alguns problemas no sector recuado. Depois de dois inesperados empates ainda na fase de grupos, os espanhós alcançaram os quartos de final após eliminar no prolongamento a vice-campeã mundial Croácia (5-3).
Duas seleções que protagonizaram os dois melhores jogos desta prova: a Suíça, que passou de 1-3 para 3-3 frente a França nos derradeiros minutos antes de vencer nos penáltis, e a Espanha, que esteve a vencer por 3-1, deixou-se empatar mas resolveu no prolongamento frente a Croácia.
Azar de Zakaria
O histórico de confrontos entre ambos dava o favoritismo à Espanha, seleção campeã europeia em 1964, 2008 e 2012 e mundial em 2010. Nos anteriores 22 jogos entre Suíça e Espanha, os helvéticos só tinham vencido um e empatado cinco vezes. De resto, 16 vitórias da Espanha.
Sem Granit Xhaka, castigado, o selecionador suíço, Vladimir Petkovic escolheu Denis Zakaria para o meio-campo. Em relação ao jogo com a Croácia, Luís Enrique deixou no banco Eric García e Gayá e fez regressar Jordi Alba e Pau Torres.
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A Espanha entrou 'mandona' no jogo no Estádio de São Petersburgo, como se esperava, com o seu futebol rendilhado, a fazer 'dançar' a defensiva helvética à procura de espaços. Curiosamente, eram nos lances de bola parada que Nuestros Hermanos mais perigo criavam. Aos oito minutos, após um canto afastado pelos helvéticos, a bola chegou a Jordi Alba que voltou a colocar a bola na área. Zakaria meteu o pé, desviou o esférico da sua trajetória e fez autogolo. Espanha na frente logo aos oito minutos.
A Suíça tentava esticar o seu jogo, na procura de Seferovic e Embolo na frente. Mas a Espanha ia conseguindo travar os 'alimentadores' do ataque, como Zuber, Xherdan Shaqiri e as subidas do ala Silvan Widmer. As dificuldades para penetrar na defensiva espanhola subiram com a lesão de Breel Embolo aos 20 minutos, num lance com Pau Torres. O avançado esticou muito a perna e saiu com dores musculares.
Apesar da vantagem cedo no marcador, a Espanha ia tendo dificuldades para criar lances de golo. Até ao intervalo, destaque apenas para um cabeceamento de Azpilicueta que Yann Sommer agarrou sem dificuldades.
Segunda parte e... outra Suíça. Empate e contrariedade
A seleção de Vladimir Petkovic 'acordou' no segundo tempo e foi à procura da felicidade, tal como fez frente a França. Shaqiri tentou um golo olímpico num canto direto que foi às malhas laterais, aos 53 minutos. Aos 57 é Zakaria a ganhar nas alturas após canto mas a desviar para fora, já com Unai Simon batido. Aos 65, é Unai Simon a evitar o empate, a desviar com a ponta dos dedos um remate em esforço de Zuber, após combinação com Shaqiri.
Os helvéticos voltavam a ser perigosos pelo seu lado esquerdo, o mais produtivo da equipa neste Euro2020.
No entanto o golo do empate vai surgir no lado contrário, num lance onde a defensiva espanhola 'meteu água'. Laporte atirou a bola contra Pau Torres, esta sobrou para Freuler que serviu Shaqiri para o empate, aos 68 minutos.
Aos 77 minutos, segunda contrariedade para os suíços. O árbitro inglês Mike Oliver considerou que Freuler fez falta dura e mostrou-lhe vermelho direto, num lance com Koke. O médio deslizou para fazer o corte mas acertou no tornozelo do adversário. O selecionador suíço retirou Shaqiri e fez entrar Sow para equilibrar o meio-campo. Depois trocou Seferovic por Mario Gavranovic.
Mesmo com mais um, a Espanha não criou nenhuma oportunidade clara de golo até aos 90 minutos. Luis Enrique tinha lançado Gerard Moreno e Marcos Llorente nos lugares de Morata e Koke (Olmo entrou no lugar de Sarabia ao intervalo).
Prolongamento de sentido único
O prolongamento começou com uma oportunidade soberana para os espanhóis, com Moreno, após cruzamento de Alba, a não bater bem na bola e a atirar ao lado, quando tinha tudo para fazer o golo aos 96 minutos.
A Espanha, sem surpresas, tendo em conta a superioridade numérica, ia carregando em cima dos helvéticos. Depois do remate ao lado de Moreno, foi Jordi Alba, aos 96', a obrigar Sommer a uma grande defesa e, mais tarde, Dani Olmo, viu o seu remate a passar ao lado do poste da baliza helvética.
Sommer continuava a mostrar-se a grande nível, à semelhança do que tinha feito frente à França e impediu o golo de Moreno, aos 102', numa defesa à queima-roupa.
O jogo era de sentido único, favorável à Espanha, mas a Suíça ia-se aguentando como podia e, principalmente, graças à enorme exibição de Sommer.
Luis Enrique arriscou, com o lançamento de Thiago e a saída de Pau Torres, tirando uma peça da defesa. A Espanha continuou por cima, com mais bola, mas sem conseguiu acertar com a baliza e a igualdade manteve-se no final dos 120 minutos.
Nas grandes penalidades, o sonho helvético terminou
Busquets começou a série de penáltis a atirar ao poste da baliza de Sommer e, na resposta, Gavranovic não desperdiçou, obrigando a Espanha a correr atrás do prejuízo.
Na série seguinte, Dani Olmo converteu e Schar viu o guardião espanhol defender. A terceira ronda começou com Rodri a ver Sommer defender o seu remate e o mesmo aconteceu de seguida, com Unai Simon a defender o remate de Akanji.
Moreno converteu com sucesso a quarta grande penalidade, que deixou a Espanha um golo da vitória, depois do tiro por cima de Vargas.
Oyarzabal não desperdiçou a oportunidade, convertendo a grande penalidade com sucesso e colocando os espanhóis no caminho de Bélgica ou Itália no jogo das meias-finais do Euro2020.
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