O antigo futebolista internacional Pauleta acredita que Portugal pode “chegar à final e ganhar” o Euro2012, considerando que o seu recorde de golos pela seleção não resistirá muito tempo à eficácia de Cristiano Ronaldo.
«Depois de ver a união deste grupo acredito sinceramente que podemos chegar à final e depois ganhar. Não éramos favoritos nem a passar a primeira fase. Neste momento estamos nas meias-finais e com grande possibilidade de chegar a uma final outra vez», defendeu Pauleta à margem de uma ação de promoção do Turismo dos Açores, em Lisboa.
Para o ex-jogador, a «união do grupo» é o «grande segredo» para um bom desempenho em provas como o Europeu e o Mundial, observando que «dada a conjuntura atual e todos os problemas que o país atravessa, o futebol pode ser uma via importante para alegrar, pelo menos por uns dias, o povo».
O diretor da Federação Portuguesa de Futebol para a área da formação advertiu que «não há seleções acessíveis» na fase da prova que Portugal atingiu, ao vencer na quinta-feira a República Checa, por 1-0, e que tanto a Espanha como a França serão dois adversários muito complicados.
«São duas seleções que já foram campeãs da Europa. A França se calhar é um bocadinho mais [acessível], mas temos essa ‘malapata’ de três meias-finais que perdemos. A Espanha é forte, mas não tão forte como foi no último Europeu e Mundial», sustentou.
Melhor marcador da história da seleção portuguesa, com 47 golos em 88 jogos, o antigo ponta de lança vê o seu recorde ameaçado por Ronaldo, que marcou o golo da vitória sobre os checos, aumentando o seu pecúlio para 35 remates certeiros em 94 encontros.
«O meu recorde está em perigo desde que Ronaldo está em competição. Neste momento sou o melhor marcador da seleção e tenho atrás de mim os três melhores da história do futebol português. De certeza absoluta que o Cristiano vai ultrapassar-me. Mas isso só tem que me deixar satisfeito», assinalou.
Entre Pauleta e Ronaldo continua a estar Eusébio, autor de 41 golos em 64 partidas, enquanto Figo é o quarto melhor marcador da seleção lusa, com 32 tentos em 127 presenças pela «equipa das quinas».
«Ele bate todos os recordes a nível mundial porque é que não haveria de bater o meu?», questionou Pauleta, que lamentou a lesão sofrida por Hélder Postiga no embate com a República Checa, manifestando o desejo que o substituto do avançado «aproveite a oportunidade e faça ganhar» o jogo das meias-finais.
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