Uma das seleção anfitriãs no último Campeonato da Europa, a Hungria vai disputar mais uma fase final onde terá como adversários a Alemanha, a Escócia e a Suíça no grupo A. Na fase de qualificação, terminou na primeira posição à frente de seleções como a Sérvia e o Montenegro. A boa performance faz antever uma boa performance pese embora os adversários na fase de grupos.
Como se apurou para o Campeonato da Europa de 2024
1.ª no Grupo G (8 jogos, 5 vitórias, 3 empates, 0 derrotas, 16 golos marcados, 7 golos sofridos
A qualificação dos magiares foi praticamente imaculada, fruto de cinco vitórias, três empates e nenhuma derrota em oito jogos. Os húngaros arrancaram a qualificação com um triunfo em casa, por 3-1, sobre o Montenegro. Seguiram-se dois empates, a duas bolas, frente à Bulgária e Lituânia. A confiança foi retomada com dois triunfos frente à Sérvia, primeiro em casa (2-1) e depois fora de portas pelo mesmo resultado (1-2). A receção à Lituânia culminou com uma vitória, e a deslocação ao Montenegro saldou-se por um empate (0-0). A qualificação fechou com o resultado mais dilatado da fase de grupos, depois do 3-0 imposto à Bulgária.
Curiosidade estatística: Os húngaros marcaram 16 golos na fase de qualificação, uma média de dois golos por jogo.
Histórico de participações no EURO
Presenças anteriores em fases finais: Quatro presenças (1964, 1972, 2016 e 2020)
Melhor desempenho na competição: Terceiro lugar em 1964.
Desempenho no EURO 2020: Fase de grupos
A Hungria é uma seleção com bastante história no futebol mundial, tendo vivido o seu apogeu na primeira metade do século XX. Em 1934 participou no seu primeiro campeonato do mundo, voltando a repetir presença na competição em 1938, conseguindo chegar à final, onde foi derrotada em Paris pela Itália.
Nos anos 50, começou a despontar a grande figura do futebol húngaro: Ferenc Puskas. 'Os magníficos magiares', comandados por Puskas, fizeram as delícias dos amantes do futebol, com o seu futebol atrativo, e nuances táticas.
O declínio, depois da presença no Mundial de 1986, teve início nos anos 1990, com os húngaros a falharem todas as qualificações para as grandes competições dessa década, com exceção dos Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996.
A seleção húngara começou a ressurgir a partir de 2010, logrando a qualificação para o Europeu de 2016, depois de quase quatro décadas de ausência das grandes competições. Em França, competição onde Portugal subiu ao mais alto lugar do pódio, os magiares caíram nos oitavos de final. Quatro anos volvidos, a seleção húngara, anfitriã da prova, viria a cair na fase grupos, num grupo onde também fazia parte a equipa das quinas. No que diz respeito à participação em Europeus, destaque para o terceiro lugar em 1964 e para o quarto posto, em 1972.
Quem é o selecionador?
Como jogador, Marco Rossi conseguiu como mais alto galardão vencer uma Taça de Itália ao serviço da Sampdória. Retirado desde 2000, Rossi iniciou a sua carreira de treinador, primeiro no Spezia Calcio (2004-2011). Anos mais tarde, em 2012, assumiu o comando técnico do Budapest Honvéd FC. Em 2017, assinou depois um contrato de dois anos com o FC DAC 1904, e é desde 2018 o selecionador nacional da Hungria.
Como técnico, venceu dois campeonatos da Hungria pelo Bundapest Honvéd, e terminou na terceira posição do campeonato Eslovaco, com o FC DAD 1904. Conduziu a Hungria ao Campeonato da Europa de 2020, e agora conseguiu qualificar a seleção para o Euro 2024.
Quem são as estrelas e os jogadores a ter em conta?
Jogadores mais utilizados na fase de qualificação: Attila Szalai, Denes Dibusz e Dominik Szoboszlai.
Melhores marcadores na fase de qualificação: Barnabás Varga, com quatro golos.
Mais assistências na fase de qualificação: Dominik Szoboszlai, com três assistências.
Dominik Szoboszlai é mesma a grande estrela da companhia da seleção húngara. O médio de 23 anos do Liverpool foi o jogador em evidência na fase de qualificação, com quatro golos apontados e três assistências. É a principal referência dos húngaros e certamente o jogador mais temido por parte dos adversários.
O médio de 23 anos do Liverpool foi o jogador em evidência na fase de qualificação, com quatro golos apontados e três assistências.
O avançado do Friburgo, Roland Sallai, é outro dos jogadores a ter em conta, depois de uma temporada a grande nível nos germânicos. Na fase de qualificação apontou apenas dois golos, mas promete ser uma ameaça às balizas adversárias no próximo Euro.
Barnabás Varga foi quem esteve de pontaria mais afinada na fase de qualificação. O experiente dianteiro do Ferencváros apontou 29 golos e fez oito assistências pela sua equipa, e certamente quererá brilhar no Euro 2024.
Milos Kerkez, que atua na posição de defesa esquerdo, é outra das figuras dos magiares. Somou passagens pelo AC Milan, AZ Alkmaar, e enverga atualmente a camisola do Bournemouth, emblema que conseguiu de forma sólida, a manutenção na Premier League.
Os 26 convocados da Hungria
- Guarda-redes: Dénes Dibusz (Ferencváros), Péter Gulácsi (Leipzig), Péter Szappanos (Paks)
- Defesas: Botond Balogh (Parma), Bendegúz Bolla (Servette), Endre Botka (Ferencváros), Márton Dárdai (Hertha Berlin), Attila Fiola (Fehérvár), Miloš Kerkez (Bournemouth), Ádám Lang (Omonoia), Zsolt Nagy (Puskás Akadémia), Loïc Négo (Le Havre), Willi Orbán (Leipzig), Attila Szalai (Freiburg)
- Médios: Dániel Gazdag (Philadelphia Union), Mihály Kata (MTK Budapest), László Kleinheisler (Hajduk Split), Ádám Nagy (Spezia), András Schäfer (Union Berlin), Callum Styles (Sunderland), Dominik Szoboszlai (Liverpool)
- Avançados: Martin Ádám (Ulsan HD), Kevin Csoboth (Újpest), Kristofer Horváth (Kecskemét), Roland Sallai (Freiburg), Barnabás Varga (Ferencváros)
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