A seleção portuguesa de futebol conquistou, 12 anos depois do desaire com a Grécia em pleno Estádio da Luz, uma segunda oportunidade para vencer pela primeira vez uma grande competição, na qualificar-se para a final do Euro2016.
A 04 de julho, no Estádio da Luz, a formação então comandada por Luis Felipe Scolari parecia ter tudo para coroar um mês mágico e vencer o ‘seu’ Europeu, mas acabou por cair por 1-0 face ao conjunto helénico, que havia chegado ao Euro2004 sem qualquer triunfo em fases finais.
Agora, na final de domingo, no Stade de France, em Saint-Denis, a situação é inversa, com Portugal a surgir como ‘outsider’, perante a equipa anfitriã, que não procura o primeiro grande título, como a seleção lusa em 2004, mas o quarto, após os Europeus de 1984 e 2000 e o Mundial de 1998.
Os gauleses já ganharam em casa o Europeu de 1984 e o Mundial de 1998, sendo que, nas duas competições do ‘velho continente’ conquistadas, bateram sempre Portugal nas meias-finais e após prolongamento (3-2 em 1984 e 2-1, com golo de ouro, em 2000).
Por seu lado, Portugal perdeu em casa a sua grande ocasião, ao cair na final de 2004, a única que disputou até agora.
Um golo do avançado Angelos Charisteas, aos 57 minutos, escreveu a mais ‘dolorosa’ derrotada da história do futebol português, face a uma Grécia que já havia batido Portugal no jogo inaugural da prova, então por 2-1, no Dragão.
A formação portuguesa dominou o encontro, mas não conseguiu marcar nas poucas ocasiões em que logrou superar a defesa helénica e os gregos, como fizeram em todos os jogos a eliminar, aproveitaram um erro para marcar o seu golo.
Num canto apontado do lado direito, Charisteas venceu nas alturas a Ricardo Carvalho e Costinha e bateu de cabeça Ricardo, que falhou a interceção.
Face aos gregos, Portugal arrancou com Ricardo na baliza, uma defesa com Miguel, Ricardo Carvalho, Jorge Andrade e Nuno Valente, um meio campo com Costinha, Maniche e Deco e os extremo Figo e Cristiano Ronaldo no apoio a Pauleta.
Ainda na primeira parte, aos 43 minutos, Scolari foi obrigado a mexer no lado direito da defesa, com Paulo Ferreira a entrar para o lugar do lesionado Miguel.
Depois do tento dos gregos, o brasileiro lançou Rui Costa, que na véspera anunciara o adeus à seleção, para o lugar de Costinha, aos 60 minutos, e, aos 74, trocou de avançados, fazendo entrar Nuno Gomes e sair Pauleta.
As alterações acabaram, porém, por não dar frutos e Portugal perdeu mesmo, em casa, a final do Europeu de 2004, a primeira da sua história.
Agora, 12 anos depois, a formação das ‘quinas’ volta a ter nova oportunidade, com Cristiano Ronaldo, então um miúdo de 19 anos, e Ricardo Carvalho a poderem tornar-se os primeiros portugueses a jogar duas finais.
Domingo, no Stade de France, em Saint-Denis, Portugal discutirá o título com a anfitriã França, que superou a equipa lusa em três meias-finais (Europeus de 1984 e 2000 e Mundial de 2006).
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