O diretor de operações da direção nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) assumiu hoje que a presença de elementos daquele corpo no Euro2024 foi “muito positiva” para a segurança dos adeptos de língua portuguesa.
“A presença da PSP na Alemanha foi muito positiva, não só porque os adeptos se sentiam mais seguros por terem uma polícia a falar a mesma língua, como ajudou muito em pequenas situações que foram rapidamente resolvidas”, assumiu o superintendente Pedro Sousa.
Este responsável disse que, na Alemanha, durante o Euro2024, a PSP esteve presente com três delegações, “uma que acompanhou a seleção nacional, uma segunda com 16 polícias com poderes executivos e uma terceira que chefiei, com nove elementos da PSP e da GNR [Guarda Nacional Republicana], que não tinha poderes executivos e que fez a ligação entre os adeptos e os locais de festa, e correu muito bem".
Pedro Sousa destacou a presença de “uma banda de música” que liderava os adeptos nas suas deslocações, que “parava a música, devidamente coordenada com a PSP, para serem passadas informações importantes” e isso “resultou muito bem”.
“Os adeptos portugueses foram altamente elogiados pela polícia alemã”, sublinhou o superintendente, que destacou o trabalho em rede com a polícia alemã.
O superintendente falava hoje no segundo congresso S4 (Safety, Security, Service at Sports Events), organizado pela Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD), que decorre até quinta-feira.
Neste painel sobre “Grandes eventos desportivos” participaram também Andreas Schär, da UEFA, Andrey Reis, da FIFA, e Estela Lucas, da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Estela Lucas corroborou as palavras de Pedro Sousa e destacou também que “houve famílias que nem tinham bilhete para entrar no estádio, mas que fizeram quilómetros para estar nos locais de festa e isso foi possível de fazer com muita segurança”.
O diretor de operações de segurança da FIFA, que lidera a organização do Mundial 2026 de futebol, falou da complexidade e desafios desse evento que se realiza em três países: Estados Unidos, México e Canadá.
Entre os principais desafios e que ainda não têm resposta estão as diferentes legislações dos três países, de quem é a responsabilidade na segurança das seleções entre os países e as 16 cidades envolvidas no mundial.
Questões que ainda estão em aberto, até tendo em conta as eleições que ainda vão decorrer até 2026, quer no México quer nos Estados Unidos, o que “torna ainda mais complexa esta operação de segurança” no mundial de futebol.
Andrey Reis manifestou a vontade de marcar presença novamente em Viseu após o mundial para contar a experiência, na “esperança de apresentar resultados tão bons quanto os que foram apresentados no Euro2024” na Alemanha e que “podem servir para o Mundial2030”, que vai decorrer em Portugal, Espanha e Marrocos.
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