A Suíça vai organizar em 2025 a 14.ª edição do Campeonato da Europa feminino de futebol, decidiu hoje o Comité Executivo da UEFA, em Lisboa, após uma votação a três voltas.
A Suíça venceu a votação final, com nove votos, batendo a candidatura nórdica, protagonizada por Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia, com quatro, sucedendo à Inglaterra, organizadora da fase final do Europeu de 2022, que venceu.
Na segunda volta, a organização helvética já tinha sido a mais votada, com seis, à frente da nórdica, com quatro, e da Polónia, que, com três, foi eliminada.
A primeira votação resultou no afastamento da França do processo, com apenas um voto, perante o empate entre as outras três candidaturas (Suíça, Polónia e nórdica), com quatro cada.
“Após um processo muito complicado e três rondas de votação, escolhemos, através de um processo democrático, o organizador do Euro2025: a Suíça”, revelou, em Lisboa, o presidente da UEFA, o esloveno Aleksander Ceferin.
A fase final do Campeonato da Europa feminino de 2025 vai ser disputada por 16 seleções, em oito estádios suíços, situados em Basileia, Berna, Genebra, Zurique, Saint-Gallen, Sion, Lucerna e Thun, durante os meses de junho e julho, informou a federação helvética.
A deliberação do Comité Executivo da UEFA antecedeu a realização do Congresso da UEFA em Lisboa, na quarta-feira, tendo ficado marcada nova reunião do órgão para 28 de junho, na sede do organismo que rege o futebol europeu, em Nyon, na Suíça.
A Associação Suíça de Futebol (ASF) foi escolhida pela segunda vez para receber uma grande competição de futebol, depois de ter coorganizado o Euro2008 masculino com a Áustria.
Enquanto a Suíça estreia-se a acolher europeus femininos, os países da candidatura nórdica já tinham acolhido a competição: Noruega (em 1987 e 1997, esta última em conjunto com a Suécia), Dinamarca (em 1991), Finlândia (em 2009) e Suécia (em 2013, além da partilhada em 1997).
"O nosso Europeu deverá ser uma festa de quatro semanas para toda a Suíça e, graças à nossa localização, no 'coração' da Europa, também para os países vizinhos", afirmou Maion Daube, a diretora de futebol feminino da ASF e responsável pelo projeto de candidatura, em comunicado.
Tal como a Suíça, a seleção portuguesa, que recentemente se qualificou para o Campeonato do Mundo de 2023, esteve presente nas duas últimas edições do Europeu feminino, já disputadas por 16 equipas, ambas ganhas pelos anfitriões (Países Baixos e Inglaterra).
A candidatura de França, anfitriã do Mundial feminino de 2019, poderá ter sido afetada pelos incidentes ocorridos na final da Liga dos Campeões de 2021/22, no Stade de France, mas também pela crise federativa, que levou à renúncia do seu presidente Noël Le Graët.
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