O presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), Patrice Motsepe, anunciou hoje em Bissau que vai trabalhar com a federação e Governo guineenses para “um desenvolvimento pleno” do futebol no país.

Patrice Motsepe esteve hoje em Bissau durante algumas horas, tendo sido recebido sucessivamente pelo presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), Carlos Teixeira, pelo ministro dos Desportos, Augusto Gomes, e pelo chefe de Estado, Umaro Sissoco Embalo.

“Expressei ao Presidente (da República) a minha gratidão pelo excelente trabalho e pelo apoio das autoridades à federação de futebol” da Guiné-Bissau, afirmou Motsepe à saída da audiência com Sissoco Embalo.

O dirigente desportivo africano, que visitou Bissau vindo da Guiné-Equatorial, disse aos jornalistas que transmitiu ao presidente guineense “a confiança da CAF” no trabalho que tem sido desenvolvido pelo “irmão Carlos Teixeira e o seu ‘staff’ na federação”.

Motsepe observou que a CAF “apreciou a parceria” entre a federação e o Governo na melhoria das condições do Estádio 24 de Setembro, interditado pela FIFA entre agosto de 2021 e março de 2023, a fim de receber jogos internacionais.

O principal Estádio de futebol da Guiné-Bissau, construído pela China em 1989, estava interditado para jogos oficiais da CAF e da FIFA por falta de condições nos balneários, relvado, fraca iluminação artificial e ausência de cadeiras numa das bancadas.

Atualmente, o recinto foi autorizado de forma provisória a receber jogos internacionais, uma situação que o presidente da CAF espera ser ultrapassada nos próximos tempos, tendo em conta os esforços da FFGB e do Governo nesse sentido, disse.

Além do levantamento definitivo da interdição ao Estádio 24 de Setembro, o presidente da CAF espera também que as equipas guineenses possam regressar às competições africanas de futebol.

Há mais de 10 anos que as equipas guineenses deixaram de tomar parte nas competições de clubes a nível do continente africano, devido às dificuldades económicas.

Patrice Motsepe, que seguia de Bissau para Cabo Verde e depois para Angola, anunciou igualmente a disponibilidade da CAF em trabalhar com a Guiné-Bissau no desenvolvimento de futebol de formação e feminino.