Vinte e sete dos 38 clubes inscritos na Federação Guineense de Futebol (FGF) pediram a renúncia do presidente do organismo, Manuel Lopes, alvo de investigações por suspeitas de corrupção, indicou hoje Sadjo Seidi, um porta-voz dos clubes.
Em conferência de imprensa, em Bissau, um grupo de dirigentes apresentou uma petição na qual invocaram alegados factos que sustentam suspeitas de corrupção na federação e ainda anunciaram os motivos pelos quais decidiram retirar confiança à atual direção da instituição.
Em nome do coletivo que se assume como defensor da verdade desportiva, Sadjo Seidi afirmou que os 27 clubes e duas associações subscritores da petição “não podem continuar a ser dirigidos por uma federação cujos principais membros são alvos de instigações judiciais por suspeitas de corrupção”.
O presidente da FGF, Manuel Lopes, e a secretária-geral, Virgínia Mendes, estão a ser investigados pelo Ministério Público por alegadas práticas de corrupção.
Os dois foram acusados por um ex-vice-presidente da federação de terem desviado, em proveito próprio, mais de mil milhões de francos CFA (cerca de 1,5 milhões de euros).
As verbas seriam fundos da FIFA e da CAF (Confederação Africana de Futebol) destinadas ao desenvolvimento do futebol na Guiné-Bissau.
A Lusa tentou, sem sucesso, obter a reação dos membros da federação.
A petição dos 27 clubes e duas associações filiadas na federação será agora entregue ao Governo, Ministério Público, Presidente da Guiné-Bissau e à própria federação, indicou o porta-voz do coletivo dos clubes.
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