A estrutura do futebol do Celtic, incluindo os jogadores do plantel principal, propuseram-se a baixar os salários entre abril e junho, para "assegurar a estabilidade do clube" durante a crise provocada pela COVID-19, anunciou hoje o campeão escocês.
"O diretor-executivo, o treinador, diretores, plantel principal e restantes funcionários, incluindo membros da academia e diretores para o futebol, ofereceram-se para reduzir significativamente os seus salários e adiar uma parte considerável dos seus ganhos entre abril e junho", informou o emblema de Glasgow, através de comunicado divulgado no site oficial.
O diretor-executivo do Celtic, Peter Lawell, agradeceu a iniciativa do treinador, Neil Lennon, e dos jogadores, que "revelaram vontade de contribuir" para o clube neste momento, mas também a toda a restante estrutura do futebol dos ‘católicos'.
O técnico Neil Lennon considerou que "trabalho de equipa e solidariedade" são valores do clube e acrescentou: "Estamos cientes da realidade económica e dispostos a contribuir. Vamos ultrapassar esta situação com união e aguardar ansiosamente pelos desafios que se seguirão”.
A formação do Celtic, que conta com 51 títulos de campeão na Escócia, atrás do recordista Rangers (53), liderava o campeonato quando este foi interrompido, estavam decorridas 30 jornadas.
Na quinta-feira, a Federação Escocesa de Futebol decidiu prolongar "a suspensão do futebol a todos os níveis no país, seja profissional ou recreativo, pelo menos até 10 de junho", devido à crise mundial de saúde pública provocada pelo novo coronavírus.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já infetou mais de 1,6 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais 96 mil.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 435 mortos, mais 29 do que na véspera (+6,4%), e 15.472 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 1.516 em relação a quarta-feira (+10,9%).
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado no dia 02 de abril na Assembleia da República.
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