A FIFA tentou contactar Grigory Rodchenkov, que lançou alerta sobre doping da Rússia, e vai tentar novamente assim que as análises antidoping a futebolistas russos sejam reanalisadas pela Agência Mundial Antidopagem (AMA).
Contactada pela AFP, a FIFA garantiu que solicitou à AMA para se reunir com Rodchenkov até 22 de novembro, mas foi informada que o ex-presidente do laboratório antidoping de Moscovo não estava disponível.
O organismo que tutela o futebol mundial diz que voltará a tentar contactar Rodchenkov depois de terem sido reanalisadas análises a jogadores russos.
No sábado, o advogado de Rodchenkov, Jim Walden, disse, em declarações à Associated Press, que a FIFA não tinha contactado o seu cliente para recolher informações sobre a possibilidade de futebolistas estarem a ser protegidos pelo sistema de antidoping patrocinado pelo governo russo.
Jogadores russos que estiveram no Mundial2014 estão entre os 34 casos de futebolistas identificados numa investigação global ao alegado esquema de doping na Rússia.
O escândalo do alegado esquema de dopagem sistemática patrocinado pelo governo russo foi revelado em dezembro de 2014, num documentário da estação televisiva alemã ARD, levando à abertura de procedimentos disciplinares por parte do Comité Olímpico Internacional e da Agência Mundial Antidopagem (AMA).
Em agosto de 2015, antes dos Mundiais de atletismo de Pequim, o canal alemão denunciou novos casos de doping, visando atletas russos e quenianos, entre os quais medalhados e campeões olímpicos.
A AMA divulgou em novembro de 2015 as primeiras conclusões do relatório feito pela sua comissão independente, propondo a exclusão do atletismo russo dos Jogos Olímpicos Rio2016, o que viria a acontecer, enquanto a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) suspendeu a federação russa, que aceitou a pena.
Em julho de 2016, ocorreu novo abalo, com a divulgação da primeira parte do relatório independente da AMA, da autoria do professor canadiano Richard McLaren, que denunciou um sistema de doping estatal, envolvendo 30 modalidades, entre 2011 e 2015.
A segunda parte do designado relatório McLaren, publicado em dezembro de 2016, concluiu pela existência de “manipulação sistemática e centralizada de controlos antidoping”.
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