O futebolista internacional israelita Eden Kartsev foi multado pelo Basaksehir e emprestado ao Maccabi Telavive, por ter publicado na rede social Instagram uma mensagem em que pedia a libertação dos reféns do Hamas, informou, esta quinta-feira, o clube turco.
“O jogador foi multado de acordo com o regulamento disciplinar do clube, no âmbito do processo que lhe foi instaurado, tendo sido considerado adequado que deve prosseguir a carreira no estrangeiro”, assinalou o Basaksehir, no site oficial.
O nono classificado da Liga turca e o Maccabi Telavive anunciaram o empréstimo do médio, de 23 anos, com opção de compra pelo líder do campeonato israelita, no qual Kartsev efetuou a formação como futebolista, nas camadas jovens.
O Basaksehir observou que o jogador israelita “publicou na sua conta pessoal nas redes sociais uma mensagem contrária à sensibilidade” existente na Turquia relativamente à guerra entre Israel e o movimento palestiniano Hamas.
A conta do médio israelita no Instagram é privada, mas muitos seguidores a que a ela têm acesso gravaram uma captura de ecrã com a mensagem divulgada no domingo, que replicava um comunicado da federação sionista da Austrália.
“100 dias. 136 israelitas estão em cativeiro do grupo terrorista Hamas, há 100 dias. Tragam-nos de volta agora”, refere a mensagem, acompanhada do número 100, desenhado com laços amarelos.
O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita, massacrando cerca de 1.140 pessoas, na maioria civis, e levando mais de 200 reféns, segundo números oficiais de Telavive.
Em retaliação, Israel, que prometeu eliminar o movimento palestiniano considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local, já foram mortas mais de 24.000 pessoas – na maioria mulheres, crianças e adolescentes – e feridas acima de 57 mil, também maioritariamente civis.
O conflito provocou também cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.
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