Sem clube desde que deixou o Manchester United em dezembro, José Mourinho admite que pensa voltar ao trabalho, mas acrescenta que tem algumas exigências em relação ao clube escolhido.
Em entrevista ao jornal britânico 'Telegraph', o treinador português revela que só aceitar comandar um "clube ambicioso". "Quero um clube que ainda não esteja preparado para conquistar títulos, mas que tenha a ambição de os conquistar. Não quero ir para um clube sem ambição", refere, acrescentando que . Recusei agora uma oferta lucrativa porque quero futebol de alto nível e ambição ao mais alto nível. Esse é o meu segundo requisito. O primeiro é empatia estrutural".
José Mourinho garante ainda que ainda não assinou por nenhum clube porque não quis. "Até tenho vergonha de dizer os valores que já recusei. Quero um clube com estrutura e sem conflitos internos. Quero que todos estejam a puxar para o mesmo lado, já trabalhei em várias situações e aprendi que o importante é todos pensarem da mesma forma", explica.
Confrontado com os desentendimentos que teve enquanto treinador do Manchester United, o treinador português refere que há jogadores que não são sozinhos, mas que trazem um "pacote", em declarações que a imprensa britânica acredita serem destinadas a Paul Pogba.
"Há pessoas que trabalham bem juntas, pessoas que partilham as mesmas ideias. Isto é fundamental. Agora há uma geração de jogadores que não são só eles, são um pacote. Está o jogador, a família, o empresário, a comitiva, o diretor de comunicação. Às vezes até têm médicos e, em situações extremas, têm o que eles chamam de treinadores pessoais! Há muitas distrações. E se não houver empatia com a estrutura do clube, metes-te em tantas contradições que se torna realmente difícil de trabalhar", justifica.
José Mourinho confirmou ainda que assinou uma cláusula de confidencialidade ao rescindir contrato com o Manchester United, que o impede de comentar a saída, e acrescentou que "não entende" essa condição.
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