O futebolista internacional brasileiro Neymar mostrou-se hoje “aliviado” pelo pedido de arquivamento da queixa de violação contra si por parte do Ministério Público de São Paulo, que alegou insuficiência de provas para acusar o avançado.

Através da rede social Instagram, o jogador do Paris Saint-Germain frisou também que é “um capítulo da sua vida que nunca mais vai esquecer pelo dano causado” em si e na sua família.

“Vou ser sincero e não vou dizer que estou feliz, mas sim aliviado. A cicatriz vai continuar para me lembrar o quanto o ser humano é capaz de fazer coisas boas, mas também de fazer coisas ruins”, pode ler-se na página de Neymar.

O avançado, de 27 anos, revela mesmo que o seu “mundo desabou e que foi para o chão”, mostrando-se solidário com todos aqueles que “sofrem por falsas acusações de violação”.

Na quinta-feira, o MP de São Paulo recomendou, através da procuradora Flávia Merlini, o arquivamento da queixa.

"Após mais de um mês de exaustiva diligência feita pela delegacia e pelo acompanhamento do MP, decidimos pelo arquivamento por não haver provas suficientes do que foi alegado pela própria vítima", afirmou a procuradora, em conferência de imprensa.

A modelo brasileira Najila Trindade apresentou uma queixa em 31 de maio, acusando Neymar de a ter violado no dia 15 do mesmo mês, num hotel de Paris.

"É impossível saber o que se passou entre quatro paredes. É a palavra dela contra ele, e não dispomos de provas suficientes para formar uma acusação", acrescentou a procuradora, sublinhando as contradições no inquérito. "Todas as provas circunstanciais entram em contradição com o que foi alegado", disse.

No dia 30 de julho, a polícia de São Paulo já tinha indicado que não tinha indícios suficientes para avançar com o processo contra o jogador mais caro de sempre, que há dois anos trocou o FC Barcelona pelo PSG por 222 milhões de euros.

Neymar admitiu a relação, mas disse sempre que tinha sido consentida e que tinha sido vítima de uma armadilha, enquanto o pai denunciou tentativas de extorsão.

O avançado, de 27 anos, foi interrogado em 13 de junho num posto da polícia de São Paulo, enquanto Najila Trindade foi ouvida pelas autoridades em várias ocasiões.