O ‘rei’ Pelé marcou 15 golos em 16 encontros com formações lusas, entre oficiais e particulares, e ganhou 11, mas perdeu o mais importante, na fase final do Inglaterra66, a sua única derrota em Mundiais.
Em 19 de julho de 1966, no Goodison Park, a casa do Everton, em Liverpool, Portugal impôs-se por 3-1 face aos então bicampeões mundiais em título, que afastou da prova, em embate da terceira e última jornada da fase de grupos.
O ‘pequenino’ António Simões, de cabeça, aos 15 minutos, e um ‘bis’ de Eusébio, aos 26 e 85 minutos, selaram o adeus do Brasil, que teria de esperar mais quatro anos para chegar ao ‘tri’. De nada valeu aos ‘canarinhos’ o tento de Rildo, aos 73.
Em deficientes condições físicas, Pelé, que tinha falhado o segundo jogo dos ‘canarinhos’ na prova, não conseguiu fazer a diferença, também por culpa de uma marcação impiedosa do ‘leão’ Morais, numa altura em que podia ‘pisar mais o risco’.
Tirando este encontro, o melhor marcador da história da seleção ‘canarinha’, com 77 golos, em 92 encontros – Neymar alcançou-o no Mundial de 2022 - apenas perdeu mais um embate frente a conjuntos lusos, um particular com Portugal, disputado no Estádio Nacional, no Jamor, em 21 de abril de 1963.
O benfiquista José Augusto, que três anos depois também foi titular no embate do Mundial, decidiu o encontro, com um tento aos 72 minutos, servido por Yaúca, então jogador do Belenenses.
De resto, Pelé tem um registo imaculado com conjuntos portugueses, tendo apenas cedido mais três empates, um frente ao Sporting, em 1959, outro face a Portugal, em 1965, e um último com o Benfica, em Nova Iorque, em 01 de setembro de 1968.
Na maioria dos jogos, o ‘rei’ saiu por cima, com destaque para o que fez face ao Benfica na final da Taça Intercontinental de 1962: brindou os bicampeões europeus em título com cinco golos, em dois encontros.
No Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, Pelé ‘bisou’ na primeira mão, no triunfo do Santos por 3-2, com tentos aos 31 e 86 minutos. Santana também marcou a dobrar para os ‘encarnados’, aos 58 e 87, e Coutinho faturou para os brasileiros, aos 64.
A vitória pela margem mínima deixou tudo em aberto para a segunda mão, mas, na Luz, em 11 de outubro de 1962, o ‘rei’, já bicampeão mundial, mostrou toda a sua categoria, com um ‘hat-trick’, selado aos 17, 28 e 64 minutos.
Coutinho, aos 49 minutos, e Pepe, aos 77, também marcaram para o Santos, enquanto, na parte final, Eusébio, aos 87, e Santana, aos 89, amenizaram o desaire do ‘onze’ do chileno Fernando Riera, que nessa época falharia o ‘tri’ na final da Taça dos Campeões.
Pelé marcou mais quatro golos aos ‘encarnados’, um num particular realizado em 1957 (3-2), dois no Torneio de Paris de 1961 (6-3) e um no Torneio de Nova Iorque de 1966 (4-0), já depois da fase final do Mundial de Inglaterra.
O melhor jogador do Século XX, eleito em 1999 pela FIFA, o France Football e a Federação Internacional da História e Estatísticas do Futebol (IFFHS), também marcou a Portugal, selando um 1-0 em 1962 e abrindo a contagem num 4-1 em 1964.
O brasileiro também não ‘falhou’ face às outras equipas lusas que defrontou: apontou um ‘hat-trick’ ao Belenenses, em 1957, integrando um misto de jogadores do Santos e do Vasco da Gama, e marcou ao Sporting em Alvalade, num empate 2-2, em 1959.
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