O futebolista Bruno Lourenço foi hoje oficializado como reforço do Amedspor por duas temporadas, até 2026, três dias após ter pedido a rescisão unilateral com o Boavista, confirmou o recém-promovido ao segundo escalão turco.
O extremo, de 26 anos, terá a primeira experiência no estrangeiro e deixa para trás uma ligação de dois anos ao emblema da I Liga portuguesa, junto do qual tinha formalizado a sua intenção de sair na terça-feira, devido a alegadas prestações retributivas em atraso.
Autor de 11 golos e três assistências em 69 partidas, Bruno Lourenço invoca ter prémios em falta nos últimos dois anos e sentia-se saturado com a instabilidade administrativa e financeira do Boavista, tendo começado a faltar aos trabalhos na segunda-feira, antes de avançar para a rescisão unilateral do contrato, que era válido por mais um ano, até 2025.
Na terça-feira, os ‘axadrezados’ avaliaram como “totalmente infundados” os argumentos utilizados pelo futebolista, que “tem a sua situação salarial regularizada”, mas “falhou de forma injustificada” os últimos treinos da equipa comandada pelo italiano Cristiano Bacci.
“A Boavista FC, Futebol SAD sente-se altamente lesada com esta decisão injustificada e vai acionar todos os mecanismos legais, com o intuito de exigir uma indemnização pela quebra indevida de contrato e pelos danos patrimoniais e não patrimoniais causados a esta sociedade”, indicou a administração liderada pelo senegalês Fary, em comunicado.
Além do clube ‘axadrezado’, Bruno Lourenço notificou através de carta registada a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) dessa rescisão unilateral, antes de ter sido contratado a custo zero pelo Amedspor, vencedor de uma das duas séries da terceira divisão da Turquia em 2023/24.
Com formação dividida entre Benfica e Sacavenense, o extremo chegou ao Boavista em 2022, proveniente do também primodivisionário Estoril Praia, após já ter representado o extinto Desportivo da Aves SAD, entre 2017 e 2020, sendo ainda cedido ao Montalegre.
O Boavista averbou salários em atraso nas últimas épocas e está impedido pela FIFA de inscrever novos jogadores pela quarta janela de mercado consecutiva, devido a dívidas.
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