O Sindicato Internacional de Futebolistas Profissionais (FIFPro) pediu hoje a suspensão da União de Futebol da Rússia (RFU), devido à ofensiva militar na Ucrânia, o que impediria as equipas e seleções do país de disputarem encontros oficiais.
“Apelamos à suspensão da RFU com efeito imediato, até que a paz, segurança e o Estado de direito sejam restaurados”, refere a FIFPro em comunicado, aludindo às mais recentes ações do país, que na quinta-feira lançou uma ofensiva militar na Ucrânia.
O sindicato manifesta a sua “discordância” com as medidas anunciadas no domingo pela FIFA, que obrigam as seleções russas a jogarem em campo neutro, sem espetadores e sem hino, e sob a designação da sua federação nacional, e não do país, e coloca-se totalmente ao lado de jogadores e clubes.
“A FIFPro apoia todos os jogadores e entidades do futebol mundial que optem por não jogar contra equipas russas, neste momento angustiante”, refere o comunicado, manifestando total solidariedade com os jogadores da Polónia, Suécia e República Checa, envolvidos no ‘play-off’ de apuramento para o Mundial2022, juntamente com a Rússia, e que já garantiram não querer jogar, mesmo em campo neutro.
O sindicato dos futebolistas considera que a resposta “unida” das democracias do mundo à agressão russa “mostraram uma união na defesa da dignidade humana e do Estado de direito, e entende que o futebol “têm uma responsabilidade própria no assunto.
A FIFA cancelou no domingo a realização de jogos na Rússia, impondo condições para que os mesmo se disputem fora do país, dias depois da UEFA ter transferido para Paris a final da Liga dos Campeões, prevista para 28 de maio, em São Petersburgo.
Várias federações desportivas e entidades organizadoras de competições têm cancelado ou transferido eventos que deveriam ter lugar em solo russo, respondendo ao apelo lançado pelo Comité Olímpico Internacional.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
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