O pai do defesa central Jhon Chancellor, que defendeu a seleção da Venezuela na última Copa América, foi detido na quarta-feira (7) na onda de prisões no país devido aos protestos contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro, informou um familiar do jogador à AFP.
Ex-autarca do município de Sifontes, no estado de Bolívar (sul), o dirigente opositor, Carlos Chancellor, foi interceptado por uma viatura da polícia quando se dirigia para Barcelona, no estado vizinho de Anzoátegui, informou um dos seus filhos, Juan Chancellor.
"Não sabemos onde ele está", comentou.
Mais de 2.200 detenções foram registadas na Venezuela, segundo Maduro, após o início dos protestos contra à proclamação do governante chavista como vencedor das eleições de 28 de julho, que a oposição denuncia como fraude.
Carlos Chancellor, de 64 anos, esteve preso durante cinco anos e sete meses, acusado de instigar "à prática de crime e obstrução de vias públicas", após protestos de trabalhadores do setor mineiro durante o governo de Hugo Chávez. Chancellor também foi detido em outras ocasiões e posteriormente liberado. Não se sabe quais as acusações que pesam si até agora.
O defesa Jhon Chancellor acabou de assinar contrato com o clube equatoriano Universidad Católica, que suspendeu a conferência de imprensa de apresentação do central de 32 anos, prevista para quarta-feira.
Com ampla trajetória no exterior, que inclui passagens pela Europa (Rússia e Itália) e Brasil (Coritiba), Chancellor é um nome constante nas convocações da seleção 'Vinotinto', com a qual disputou 37 partidas e marcou três golos.
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