A Liga espanhola recusou, esta sexta-feira, o cheque de 222 milhões de euros apresentado por representantes de Neymar, referente à cláusula de rescisão do brasileiro com o Barcelona, que poderá torná-lo no jogador mais caro da história do futebol.
Três emissários do avançado, entre os quais o advogado Juan de Dios Crespo, especialista em direito desportivo, deslocaram-se à sede de La Liga, em Espanha, para depositar o cheque, mas esbarraram na 'nega' dos responsáveis daquele organismo, acabando por abandonar o local poucos minutos depois.
Segundo informa o "As", a Liga espanhola terá recusado a quantia referida anteriormente pelo facto de o pagamento da cláusula de rescisão ser um direito exclusivo dos clubes espanhóis, mas principalmente por não haver um registo da origem do dinheiro.
A mesma publicação refere ainda que coube a Javier Gómez, diretor-geral corporativo de La Liga, a missão de comunicar ao emissário de Neymar que não aceitaria o cheque que permite a desvinculação do jogador. Ainda não há informação oficial sobre o assunto.
Recorde-se que Javier Tebas, presidente da Liga espanhola, já tinha afirmado, em entrevista ao jornal "As", que não iria aceitar o pagamento da cláusula de Neymar, acusando o PSG de viver num "doping financeiro".
"Não vamos aceitar o dinheiro de um clube como o PSG que, sem pertencer à nossa Liga, quer adquirir um direito da nossa organização e, acima de tudo, quando esse clube está a infringir leis e normas. Seria um contrassenso aceitar esse pagamento. Se o PSG pagar a cláusula não a aceitaremos", disse Javier Tebas.
Javier Tebas também já tinha ameaçado fazer queixa do emblema parisiense à UEFA, alegando concorrência desleal. O dirigente salienta, no entanto, que não é a qualidade do brasileiro que está em causa. "É um grande jogador, mas acho que o nosso campeonato está acima dele. Com todo o respeito que tenho por ele, preocupava-me mais se fosse o Messi ou o Cristiano Ronaldo", frisou.
Caso este impasse se verifique, uma vez que Neymar e o PSG estão a fazer algo que está previsto contratualmente, a FIFA poderá intervir no sentido de dar já ao jogador um certificado provisório até à resolução do conflito. O objetivo é que Neymar possa jogar com a camisola dos parisienses já este fim de semana, altura em que se inicia o campeonato francês.
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