O médico da selecção brasileira de futebol, José Luiz Runco, defendeu hoje que as infiltrações aplicadas em Kaká foram anti-inflamatórias e não analgésicas, como o jogador sugeriu em entrevista ao jornal desportivo espanhol Marca.

“Não foi uma infiltração para jogar, mas sim parte de um tratamento. Uma coisa não tem nada a ver com a outra”, sustentou José Luiz Runco em declarações transcritas em alguns órgãos digitais brasileiros.

José Luiz Runco disse que “o conceito de infiltração está ligado à imagem de uma injecção no joelho de Garrincha. Mas esse era o único tratamento disponível naquele tempo, mas agora é muito diferente”.

“Há uma série de procedimentos diferentes, que são adoptados em situações diferentes”, sustentou o médico, que considera que Kaká se equivocou ao falar das infiltrações de que alegadamente recebeu no pé direito.

Mas o médico brasileiro acrescentou: “O Kaká não mentiu [sobre a questão da infiltração], mas também não soube explicar, pois não entende nada de medicina. Ele entende é um pouquinho de jogar futebol”.

O clínico adiantou que Kaká “não fez uma infiltração dentro do joelho, mas sim no tendão que se prende ao joelho, o bíceps-femoral”, e o procedimento “extra-articular” que foi feito após o jogo com o Chile “não traz qualquer prejuízo à sequência da carreira do atleta”.