Gerard Piqué deixou fortes críticas ao governo espanhol, no final da vitória do Barcelona sobre o Las Palmas, que, recorde-se, decorreu à porta fechada devido ao referendo sobre a independência da Catalunha.
"Só queria que o jogo acabasse o quanto antes, conquistar os três pontos e ir embora", disse o central na zona mista.
"Reunimo-nos com o presidente no balneário e decidimos jogar, porque a Liga e o Las Palmas queriam que jogássemos. Mas foi a experiência profissional mais difícil que tive", explicou.
"Neste país, durante muitos anos de franquismo, não se podia votar. Sou e sinto-me catalão e hoje, mais do que nunca, sinto-me orgulhoso das pessoas na Catalunha que se comportaram de forma maravilhosa nestes setes anos, em que não houve qualquer (emociona-se e demora a concluir)... violência e hoje veio a Polícia Nacional e a Guarda Civil Espanhola, que atuaram desta forma. Estamos num país que tem um chefe de governo (Mariano Rajoy) e um partido (PP) que utiliza todos os meios para mentir. (...). Foi uma das piores decisões dos últimos 50 anos e só vai separar mais a Catalunha da Espanha, mas temos um primeiro-ministro que tem o nível que tem, que nem sabe falar inglês", criticou.
O central voltou a admitir a possibilidade de renunciar à seleção espanhola. "Se Lopetegui ou a Federação pensam que sou um problema, não tenho problemas em dar um passo atrás. Representar a seleção não é uma questão de patriotismo", sublinhou.
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