A Polícia Nacional de Espanha deteve hoje quatro suspeitos de pendurarem um boneco com a camisola do futebolista brasileiro Vinícius Júnior numa ponte perto das instalações do Real Madrid, na capital espanhola, no passado mês de janeiro.
De acordo com a Polícia Nacional, os quatro suspeitos, cuja identidade não foi revelada, foram detidos na capital espanhola e são acusados de "crime de ódio".
Na segunda-feira, o avançado brasileiro do Real Madrid pediu punições para os adeptos e clubes por atos racistas e referiu que já aconteceram casos em várias cidades espanholas, tendo divulgado um vídeo com os insultos de que tem sido alvo.
“A cada 'rodada' fora de casa uma surpresa desagradável. E foram muitas nessa temporada. Desejos de morte, boneco enforcado, muitos gritos criminosos... tudo registado. Mas o discurso sempre cai em ‘casos isolados’, ‘um torcedor’ (adepto). Não. Não são casos isolados. São episódios contínuos espalhados por várias cidades da Espanha”, referiu o jogador numa mensagem divulgada através das redes sociais.
Nos últimos meses, Vinícius, de 22 anos, tem sido alvo de vários insultos racistas e outras ofensas tendo a situação denunciada pelo futebolista originado reações de apoio ao desportista, desde a FIFA aos governos do Brasil e de Espanha.
As autoridades judiciais espanholas anunciaram no início da semana a abertura de uma investigação sobre os insultos racistas.
O Real Madrid também já informou ter apresentado uma queixa na Procuradoria-Geral de Espanha “por delitos de ódio e discriminação” de que o jogador brasileiro tem sido alvo.
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