Rafa Mir, que regressou ao Valência por empréstimo do Sevilha, abriu o livro e mostrou todo o seu desagrado para com as várias atitudes negativas do antigo clube. Segundo o avançado, de 27 anos, o emblema de Sevilha está completamente desnorteado e há vários problemas de fundo por resolver.
O empréstimo contempla uma cláusula de opção de compra de cinco milhões de euros, que Mir espera ser ativada no final de 2024/25, especialmente por tudo o que se passou recentemente entre as duas partes. O caso começou no verão de 2023.
“No verão [de 2023] transmiti que queria sair, mudar de ares e ir para o Valência. O clube também tinha apostado em mim. O Sevilha colocou umas condições e no último momento, queria mudá-las. ‘Agora não’. Eu disse [ao diretor-desportivo Víctor Orta] que me tinha dado a sua palavra e que me deixasse decidir. E ele disse-me que eu seria um jogador importante, então voltei para casa resignado”, começou por contar num documentário da DAZN.
A primeira opção não resultou, mas foi então que surgiu a hipótese AC Milan, vista com bons olhos por Rafa Mir, mas que também acabou gorada.
“Eu estava à espera com uma mala pronta para apanhar o avião até Milão e eles comunicam-me que não encontram um substituto e que por esse motivo não me deixavam sair. E no dia seguinte ao fecho do mercado anunciam outro colega [Mariano Díaz], o que me deixou surpreendido. Não chorei, mas senti uma grande frustração e uma raiva que durou muitos meses. Fecharam-me duas opções muito boas como o Valência e o Milan por essa mudança de condições”, revelou.
Tudo poderia ter ficado resolvido em janeiro deste ano, mas a relação entre Sevilha e jogador já estava tão deteriorada, que aconteceu um novo recuo na palavra. "No último dia do mercado volta a aparecer o Valência em cena. Comunicam-me que tinha chegado a um acordo e que estava a trocar informações. Depois ligam-me e comunicam-me que mudaram as condições e que a oferta tinha sido retirada” explicou o espanhol.
Por fim, o atacante deixou uma palavra de desilusão para com o Sevilha, mostrando clara vontade em mudar de ares. “Devemos respeitar a nossa palavra, como me ensinaram em casa e ainda mais nestes níveis. Esta desorganização que temos dentro do clube é muito assente, isto aconteceu com muitos jogadores e este foi um claro exemplo de como funciona. Afastamento? Não [falou publicamente porque] não era altura para destabilizar o barco, que já está destabilizado desde a raiz. O que eu menos queria era prejudicar o trabalho dos meus colegas, porque a mim já me tinham comunicado a situação”, concluiu.
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