O Real Madrid, liderado pelos portugueses José Mourinho e Cristiano Ronaldo, recebe no sábado o FC Barcelona, na expetativa de contrariar a história recente e colocar o rival a distância respeitável na Liga espanhola de futebol.
Apesar de manter claro ascendente sobre o atual campeão espanhol e europeu nos encontros disputados no estádio Santiago Bernabéu, com 50 vitórias, contra 15 empates e 16 derrotas, o Real Madrid não ganha em casa ao Barcelona desde a época 2007/08 e desde essa data só por uma vez conseguiu bater os catalães.
O sucesso na final da Taça do Rei da temporada passada, graças a um golo de Cristiano Ronaldo no prolongamento (1-0), constituiu o único êxito de Mourinho sobre o Barcelona como treinador do Real Madrid e também o único nos últimos 11 confrontos entre as duas equipas desde a robusta vitória por 4-1 obtida no longínquo dia 07 de maio de 2008.
Com um empate e dois triunfos conquistados em Madrid nos últimos três anos, entre as quais a estrondosa goleada 6-2 na temporada 2008/09, o “Barça” precisa mais do que nunca de um sucesso na capital espanhola para equilibrar as contas do campeonato, no qual está com três pontos de atraso em relação ao líder “merengue”, que ainda tem menos um jogo realizado.
Para o Real Madrid fica o aviso da época passada, a primeira com Mourinho no comando técnico, na qual os madrilenos chegaram ao “derby” da 13.ª jornada no comando da prova, com um ponto de vantagem, e deixaram Barcelona com uma goleada por 5-0 e relegados para o segundo lugar, do qual nunca mais conseguiram sair.
Além da mudança de cenário, a grande diferença em relação a esta época parece ser a aparente “emancipação” do Real Madrid em relação ao domínio da máquina de bom futebol concebida pelo treinador Josep Guardiola, como ficou demonstrado nos dois jogos da final da Supertaça espanhola, apesar de ainda não ter sido suficiente para vergar o Barcelona.
Ronaldo e Lionel Messi, designado melhor futebolista mundial nos últimos dois anos, voltam a disputar o protagonismo, reeditando na 16.ª jornada da prova um duelo que se tem revelado muito mais favorável ao avançado argentino.
A estatística continua a favorecer o Real Madrid, mas o Barcelona tem vindo a recuperar e, na véspera do 162.º “clássico” para a Liga espanhola, a diferença não é significativa: 68 triunfos madrilenos, contra 63 dos catalães, 31 empates, e apenas mais 11 golos marcados (263 contra 252).
No estádio Santiago Bernabéu, e apesar da história recente, os números são bem diferentes e a supremacia do Real Madrid tão vincada quanto a do adversário no Nou Camp, com os “merengues” a vencerem 50 dos 81 encontros, concedendo apenas 16 sucessos e 15 empates ao “Barça”, apresentando um saldo de golos elucidativo desse ascendente (170 marcados e 90 sofridos).
Nos últimos 10 anos, no entanto, o equilíbrio tem sido a nota dominante no relvado do Bernabéu, com quatro vitórias para cada lado e dois empates, tendo pertencido mesmo aos “culés” os triunfos mais marcantes: 3-0 em 2005/06, com o brasileiro Ronaldinho Gaúcho, autor de dois golos, a ser ovacionado, e o estrondoso 6-2 em 2008/09.
Em Barcelona sobressaem os 5-0 da temporada passada, mas também o embate de 21 de outubro de 2000, marcado pela receção terrível ao português Luís Figo, que regressou ao Nou Camp vestido de branco e foi incapaz de evitar o sucesso dos “blaugrana” por 2-0, com golos do ex-madridista Luis Enrique e do português Simão.
Comentários