A deslocação do Rei Felipe VI à capela do estádio Santiago Bernabéu, onde se encontra o corpo de Alfredo di Stefano, foi o ponto culminante de um dia intenso de homenagem póstuma e reconhecimento a uma figura única do madridismo.
A capela esteve aberta durante dez horas e foi visitada por milhares de pessoas que quiseram dizer o último adeus ao maior símbolo do madridismo, que tem no palmarés cinco Taças dos Campeões europeus, muitas delas visivelmente emocionadas, saindo do estádio com lágrimas nos olhos.
O primeiro a chegar ao estádio foi o presidente do Real Madrid, Florentino Perez, que assumiu o papel de anfitrião com todas as personalidades que iam chegando e que, inclusive, se deixou fotografar com alguns adeptos que o solicitaram para isso. Junto a Pérez esteve sempre Emilio Butragueño, ex-futebolista e atual diretor das Relações Institucionais do clube.
Pouco depois da abertura do estádio, chegaram a delegada do Governo de Madrid, Cristina Cifuentes, o treinador de futebol e ex-jogador do Real Madrid, José António Camacho, o ex-secretário de Estado para os Desportos Jaime Lissavetzky e o presidente do Comité Olímpico Espanhol, Alejandro Blanco.
Um dos momentos mais emocionantes da jornada matutina foi o último adeus do atual jogador madridista, Dani Carvajal, que a 12 de maio de 2004 colocou com Di Stefano a primeira pedra da cidade desportiva de Valdebebas.
Outros futebolistas do atual plantel do Real Madrid que se deslocaram ao estádio para se despedir de Di Stefano foram Nacho Fernández, Sérgio Ramos e o capitão Iker Casillas, que interrompeu as suas férias para o último adeus a um homem que, segundo palavras suas, “tudo nele faz recordar o Real Madrid”.
O momento culminante da jornada aconteceu às 19:57, quando entrou no estádio o Rei Dom Felipe, que vinha só e que foi imediatamente recebido por Florentino Pérez.
Felipe VI aproximou-se da capela onde estava o corpo do antigo futebolista, antes de se sentar a falar com familiares deste e de ter assinado o livro de condolências. Ao abandonar o estádio qualificou Di Stefano como uma “figura irrepetível, única no mundo e que fez do futebol uma arte”.
“Reconhecemos nele uma personalidade extraordinária. Lamentamos muito e manteremos sempre a nossa admiração e gratidão para sempre. Di Stefano foi um grande entre os grandes”, rematou Felipe, antes de abandonar o estádio sob aplauso de dezenas de adeptos do Real Madrid.
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