Doze jogos, dez vitórias, dois empates, zero derrotas, 30 golos marcados, seis golos sofridos, 2.º lugar na fase de liga (apenas atrás do Chelsea) e passagem direta aos oitavos de final da Liga Conferência. É este o pecúlio do Vitória SC na Europa na presente temporada.
Um percurso notável na primeira metade da temporada, ainda sob as ordens de Rui Borges, que entretanto rumou ao comando técnico do Sporting. No leme dos vimaranenses está agora Luís Freire (depois de por lá ter também passado Daniel Sousa), que vai esta quinta-feira tentar retomar o brilho europeu demonstrado pelos 'conquistadores' até aqui em 2024/25.
A tarefa, porém, não se adivinha nada fácil. Por um lado, o Vitória tem mostrado alguma inconstância a nível de resultados nos tempos mais recentes, com apenas dois triunfos logrados desde o início de 2025.
Por outro, vários jogadores que brilharam na primeira metade desta campanha europeia do conjunto de Guimarães rumaram, no mercado de inverno, a outras paragens: Manu Silva foi para o Benfica, Alberto Costa para a Juventus, Caio César para o Al Hilal.
E pela frente terá um adversário que ainda bem recentemente derrotou o Real Madrid
Momento de forma
Apesar da campanha europeia brilhante que tem realizado em 2024/25, na qual se tornou mesmo na primeira equipa portuguesa a vencer oito jogos seguidos nas provas da UEFA, a nível interno o Vitória não tem mostrado a mesma consistência, ocupando atualmente o sétimo lugar da I Liga. As derrotas não têm sido muitas (cinco para o campeonato e uma dolorosa para a Taça de Portugal, frente ao O Elvas, mas os triunfos também têm escasseado nos últimos tempos.
O Vitória só ganhou dois dos últimos 13 jogos que disputou (esteve oito jogos seguidos sem ganhar), embora também só tenha perdido outros dois, o que significa que somou nove empates nessas 13 partidas, embora não perca há cinco jogos.
Quanto ao Betis, ocupa atualmente o 6.º lugar da Liga espanhola, onde no passado fim-de-semana obteve um sempre moralizador triunfo sobre o Real Madrid, com um golo e uma assistência do veterano Isco, uma das estrelas de um plantel do qual também faz parte William Carvalho (que só nos últimos dias voltou aos treinos após prolongada ausência por lesão) e Antony, extremo internacional brasileiro contratado em janeiro ao Manchester United e que tem dado boa conta de si nos primeiros tempos em Sevilha.
Contando com esse triunfo sobre o Real Madrid, o Betis venceu quatro dos últimos cinco jogos que disputou (perdeu por 1-0 com o Gent na segunda mão do play-off de acesso aos oitavos da Liga Conferência depois de ter ganho por 3-0 na primeira mão). O clube andaluz, que foi apenas 15.º na fase de liga desta prova, contudo, a jogar em casa, no seu Estadio Benito Villamarín, palco do encontro desta quinta-feira com o Vitória, só ganhou dois dos últimos seis jogos.
Histórico de encontros
Betis e Vitória SC já se encontraram no passado nas provas europeias de clubes. Foi na fase de grupos da Liga Europa 2013/14, com o conjunto espanhol a vencer quer em casa, quer fora por 1-0. Os vimaranenses eram, na altura, treinados por Rui Vitória.
Para além desse duplo duelo com o Vitória, o Betis só por mais uma vez mediu forças com equipas portuguesas nas competições europeias, perdendo aí os dois jogos contra o Benfica, na Taça UEFA de 1981/82. Ou seja, o seu saldo frente a formações lusas é de duas vitórias e duas derrotas.
Quanto ao Vitória SC, ao todo já defrontou por 11 vezes equipa espanholas nas provas europeias e o saldo não é nada bom: para além das duas derrotas com o Betis (curiosamente o adversário espanhol mais recente que defrontou), sofreu ainda mais sete derrotas, atenuadas por dois triunfos (um sobre o Atlético Madrid em 1986 e outro sobre a Real Sociedad em 1992). A boa notícia é que ambos esses triunfos valeram apuramentos nessas eliminatórias, ambas da Taça UEFA.
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