O Benfica deu 6-1 ao Maccabi Haifa e garantiu o primeiro lugar do Grupo H da Liga dos Campeões. Os Encarnados terminaram o grupo com o mesmo registo dos franceses (14 pontos cada, os mesmos nove golos na diferença de golos) mas seguem em primeiro no grupo, já que leva vantagem no sexto critério de desempate: mais golos marcados fora que o PSG.
Gonçalo Ramos, Peter Musa, Rafa, Grimaldo, Henrique Araújo e João Mário fizeram os golos do Benfica num terreno onde o PSG sofreu para vencer (1-0) e a Juventus perdeu mesmo.
É a primeira vez que o Benfica marca seis golos num jogo no formato Champions.
Assim, Portugal vai ter duas equipas como cabeças-de-série no sorteio dos oitavos de final da Champions, já que também o FC Porto terminou em primeiro no seu grupo.
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Roger Schmidt teima em manter a máxima de 'em equipa que se ganha não se mexe' (a não ser que seja obrigado por lesão ou castigo), contra os apologistas do cansaço e do acumular de jogo. Florentino voltou ao onze e ocupou o posto do castigado Enzo Fernandez, na luta do Benfica pelo primeiro posto do grupo.
No Sammy Ofer Stadium, onde o PSG sofreu para vencer e a Juventus foi mesmo derrotada, o Benfica sabia que não podia confiar no 2-0 da primeira volta na Luz, porque este Maccabi Haifa costuma transformar a sua casa num 'inferno'.
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Olhos na baliza e jogo dividido
Um erro de António Silva quase permitia o primeiro dos israelitas, por David, mas o remate do avançado saiu ligeiramente ao lado, aos sete minutos. Respondeu o Benfica com um desvio de Gonçalo Ramos ao poste, num lance com Cohen já batido. Estava lançado aquilo que seria a toada do jogo: duas equipas focadas na baliza contrária, à procura do golo, mas sempre com os ouvidos em Turin.
Aos 19 minutos, o guardião norte-americano Cohen fez uma das defesas da noite, ao voar para desviar com a ponta dos dedos uma 'bomba' de Rafa que ia resultando num golaço. Não foi aos 19, foi aos 20. Na sequência do canto e após um primeiro corte, Otamendi meteu na área de cabeça para, também de cabeça, Gonçalo Ramos desviar para o 1-0.
Durou pouco a vantagem dos líderes da Primeira Liga já que, aos 24 minutos, o árbitro inglês Anthony Taylor, alertado pelo VAR, foi rever uma jogda na área benfiquista e assinalou grande penalidade, por mão na bola de Bah. Os israelitas pressionaram e muito e tiveram o que queriam. Na conversão, Chery atirou forte e colocado e empatou a partida, aos 26 minutos.
O empate não era o que queria mas as más notícias não se ficaram por aí: Roger Schmidt foi obrigado a mexer na equipa aos 31 minutos para lançar Chiquinho e Petar Musa nos lugares dos lesionados Gonçalo Ramos e Aursnes.
Ao intervalo, tudo igual no grupo porque o PSG também estava empatado 1-1 com a Juventus em Turim.
Goleada e 1.º lugar consumados no 2.º tempo
O Benfica voltou muito forte do intervalo, com Rafa a definir mal uma jogada perigosa logo aos 51 minutos. Aos 53 é Chiquinho a falhar o golo, num remate enrolado após grande arrancada de Bah na direita.
Depois dos avisos, a concretização. Centro de Bah na direita e Musa a antecipar-se à defensiva contrária para o 3-1, aos 59 minutos. Belo golpe do croata, no seu primeiro golo de sempre na Champions.
Embalado pelo golo, o Benfica partiu para a goleada, em mais uma grande noite europeia dos Encarnados.
Aos 69 minutos, Grimaldo mostrou porque é um especialista nas bolas paradas e fez o terceiro, num livre fantástico.
E, quatro minutos depois, a goleada: passe 'açucarado' de David Neres por entre os defensores para Rafa 'picar' a bola sobre Cohen e fazer o 4-1. Que jogada!
Em Turim Nuno Mendes tinha colocado o PSG na frente, pelo que mais dois golos dos Encarnados dariam o 1.º posto.
Com Henrique Araújo e Diogo Gonçalves nos postos de Rafa e David Neres, o Benfica foi à procura dos golos que lhe permitiram ainda chegar ao primeiro posto.
E foi o jovem ponta de lança quem fez o 5-1 aos 88 minutos. Depois de uma 'bomba' de Diogo Gonçalves ao poste, a bola foi ter com Bah que esperou e meteu no momento certo para Henrique Araújo desviar para o 5-1. Faltava um tento para igualar o PSG na diferença de golos mas ficar na frente pelo critério dos golos marcados fora de casa.
E saiu dos pés de João Mário aos 90+2, num remate de muito longe que bateu Cohen pela sexta vez. Era a maior vitória do Benfica na Liga dos Campeões em formato Champions.
No outro jogo o PSG venceu a Juventus por 2-1, pelo que Benfica e franceses terminaram com 14 pontos cada, a mesma diferença de golos (9), os mesmos golos marcados (16), os mesmos golos sofridos (6). No sexto critério - mais golos marcados fora - a vantagem é do Benfica, que assim termina em 1.º lugar no Grupo H.
Os 14 pontos são um recorde do Benfica numa fase de grupos da Champions
Portugal terá assim duas equipas como cabeças-de-série no sorteio dos oitavos de final já que também o FC Porto acabou em primeiro.
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