No dia do anúncio da realização da final da Liga dos Campeões no Estádio do Dragão, Mariana Vieira da Silva garantiu que os adeptos que chegassem a Portugal para assistir ao jogo estariam menos de 24 horas em território nacional e que estariam sempre em 'bolha', desde a chegada até ao regresso.
"As pessoas que vierem à final da Liga dos Campeões virão e regressarão no mesmo dia, com teste feito, em situação de bolha e em voos charteres. Farão deslocações para uma zona de espera, dai para o estádio e daí para o aeroporto, estando em território nacional menos de 24 horas, em bolha e com testes obrigatórios, feitos, em princípio, antes de entrarem no avião", disse a Ministra de Estado e da Presidência a 13 de maio.
Mas, na prática, a história é outra: afinal a bolha não passa de algo "altamente recomendável" pela UEFA, não sendo obrigatório confirmou o organismo ao jornal Público.
Desde esse dia, a capacidade máxima permitida no Estádio do Dragão também aumentou, passando de 12 mil para, no máximo, 16.550 pessoas, com a venda de bilhetes aberta ao público em geral e com a entrada no recinto limitada à apresentação de um teste positivo.
Também a parte dos voos charter e da permanência por menos de 24 horas em Portugal não é cumprida por todos: O líder de um dos grupos de adeptos do Manchester City, David Sigsworth, revelou ao Público, que mais de 20 pessoas chegam a Portugal na sexta-feira, num plano que prevê 'rebentar a bolha' com uma passagem por Lisboa para visitas.
O 'citizen' considera mesmo que Portugal não fez a melhor opção.
"Sinceramente acho que Portugal cometeu um erro e as autoridades vão ter mais trabalho do que pretendiam", disse ao jornal.
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