O treinador do Real Madrid, José Mourinho, reconheceu hoje a “superioridade física e emocional” do Borussia, nas meias-finais da Liga dos Campeões em futebol, e culpa os seus jogadores nos últimos três golos dos alemães.
«Eles foram mais fortes do que nós, nenhuma dúvida sobre isso, ganharam todos os duelos individuais e tiveram uma agressividade superior quer fisicamente quer emocionalmente», disse Mourinho, em declarações à TVI, justificando a pesada derrota por 4-1 sofrida pela sua equipa em Dortmund.
O treinador português considerou que os três golos marcados pelo Borussia na segunda parte resultaram de «erros em posse de bola» dos seus jogadores, situações que, segundo ele, eram «controláveis e estavam identificadas», não tendo explicação para os mesmos.
Mourinho defende que, sem esses erros, teria sido possível, mesmo face à superioridade do Borussia, «perder o jogo, mas por números bem menos expressivos», por exemplo «um 2-1», tanto mais que o Real Madrid «fez o golinho da ordem», o que deixaria as coisas «mais em aberto para a segunda mão».
Para o treinador luso, foram as «perdas de bola em posse que permitiram os golos do Borussia», rejeitando a ideia segundo a qual a equipa revelou cansaço, em função da diferença gritante de ritmo entre as duas equipas.
Contrapôs essa ideia, alegando que «a gestão da equipa» foi feita para que «chegasse a esta altura da competição nas melhores condições para dar uma resposta cabal».
«A diferença esteve ao nível da agressividade mental, que se repercutiu ao nível da concentração da intensidade do jogo entre nós e eles», disse Mourinho, que acredita, apesar do resultado pesado desfavorável, ser possível dar a volta à eliminatória no Santiago Bernabéu.
Para isso, considerou que o Real terá de fazer o que o Borussia fez em casa, «mandar no jogo, jogar com agressividade física e emocional, ganhar os duelos individuais, criar oportunidades de golo, ser eficaz e ter a sorte que hoje acompanhou os alemães na segunda parte».
Em abono desta tese, alegou que a «história do futebol está cheia de reviravoltas extraordinárias» e considerou ser «possível vencer na segunda mão, dentro de uma semana, por 3-0 ou 4-1».
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