AC Milan e Real Madrid estiveram hoje ao nível dos seus historiais e superaram com excelente 'nota' a segunda mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, pelo que são as duas primeiras equipas apuradas na ronda.
As outras duas vagas jogam-se quarta-feira, com o Benfica a defrontar o Inter Milão e o Bayern Munique o Manchester City.
Em Nápoles, os milaneses, com Rafael Leão 'endiabrado' e penáltis desperdiçados para ambos os lados, aguentaram-se muito bem perante os líderes da Série A e empataram 1-1, o que lhes dá um agregado favorável de 2-1.
Autêntico especialista da 'Champions', em que é a equipa mais bem-sucedida, o Real Madrid foi a Londres ganhar ao Chelsea por 2-0, ou seja os mesmos números da primeira mão e um 'pesado' agregado de 4-0, agora com um 'bis' do brasileiro Rodrygo.
Prometia mais equilíbrio o jogo de Nápoles, em que os anfitriões só tinham de anular um golo e tinham evidente vontade de 'vingança', depois da derrota da primeira mão e, sobretudo, da goleada de 4-0 que lhe foi infligida para o campeonato.
Não era difícil pensar que o AC Milan ia enveredar pelo jogo defensivo, segurar o resultado e apostar muito no contragolpe - um quadro ideal para a velocidade e criatividade no 'um contra um' do português Rafael Leão.
O internacional luso fez uma partida 'antológica', nomeadamente com o golo que 'ofereceu' a Olivier Giroud, aos 43 minutos, com o francês a 'encostar' para a baliza deserta.
Pela esquerda, de muito longe, Rafael Leão 'embalou' e desembaraçou-se de Giovanni Di Lorenzo, Tanguy Ndombele e Amir Rrahmani, para terminar com um centro ligeiramente atrasado para Giroud, que assim se redimiu de um penálti falhado.
A grande penalidade, aos 22 minutos, e defendida do Alex Meret, nasceu de uma falta cometida sobre o sempre irrequieto Rafael Leão, cometida pelo português do Nápoles, Mário Rui.
No conjunto do jogo, foi evidente o domínio do Nápoles, com mais de 70% de posse de bola e muito mais cantos a favor que os visitantes. No entanto, o domínio era muito pouco produtivo e só rendeu um golo, aos 90+3, com o cabeceamento certeiro do nigeriano Victor Osimhen.
O jogo ainda poderia ter sido relançado aos 82 minutos, mas Mike Maigan conseguiu adivinhar o lado para onde Kvaratskhelia ia chutar, na conversão da grande penalidade.
Rafael Leão saiu a cinco minutos do fim, com uma merecida ovação, enquanto Mário Rui foi substituído aos 34 minutos, após se magoar em lance defensivo da sua equipa.
Mais realista e frio que o AC Milan, que volta às 'meias' volvidos 16 anos, só mesmo o Real Madrid, triunfador em Stamford Bridge perante o Chelsea, com dois golos de Rodrygo já na segunda parte.
Presença habitual nas finais e 'meias' da ‘Champions’, o Real Madrid, detentor do título, não se amedronta em nenhum estádio e hoje voltou a controlar tudo, sempre, do princípio ao fim, graças a uma defesa ‘de betão’.
Com Karim Benzema 'uns furos' abaixo do habitual, foi o jovem brasileiro Rodrygo a resolver, com os golos aos 58 e 80 minutos.
Primeiro, foi Vinicius a prescindir de tentar marcar e a servir o seu compatriota Rodrygo, para um golo que 'matava' logo ali a eliminatória, num jogo em que o Chelsea ainda tentou virar o rumo dos acontecimentos.
Depois, aos 80, foi Federico Valverde a avançar com a bola e colocá-la em boa posição para novo 'tiro' certeiro de Rodrygo, cada vez mais um dos indiscutíveis nos 'merengues' - uma exibição de excelência, em que também se contabiliza um remate 'aos ferros' no minuto 20.
João Félix, avançado português do Chelsea, entrou aos 67 minutos e não teve mais sucesso do que os seus companheiros.
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