Luís Figo e Rui Costa, ex-futebolistas que venceram a Liga dos Campeões, anteciparam hoje "espetáculo e golos" na próxima final da competição, entre Paris Saint-Germain e Bayern de Munique, agendada para domingo, face à "qualidade" das equipas.
Os dois antigos internacionais pela seleção portuguesa mostraram-se agradados com a final que o Estádio da Luz, em Lisboa, vai receber, entre os franceses do Paris Saint-Germain (PSG), presentes pela primeira vez no jogo decisivo da maior prova europeia de clubes, e os alemães do Bayern, campeões europeus em cinco ocasiões.
"Temos de estar felizes pela final que vai acontecer. São duas equipas muito positivas, poderosas, com futebol ofensivo e com excelentes jogadores. Esperemos que haja espetáculo e golos", afirmou Rui Costa, vencedor da competição em 2003, pelo AC Milan, numa conversa com jornalistas que contou ainda com o ex-avançado brasileiro, Ronaldo Nazário.
Já Figo, antigo extremo que venceu a Liga dos Campeões pelo Real Madrid, em 2002, e representou ainda Sporting, Barcelona e Inter de Milão, avisou que "todos os detalhes podem fazer a diferença", num jogo entre duas equipas com "qualidade e talento", após uma 'final a oito', que, a seu ver, tem penalizado quem se expõe ao erro.
"Tem-se visto que as equipas não podem cometer erros, senão está-se logo de fora da prova. E não se pode especular tanto com o resultado. Isso faz com que as partidas sejam mais abertas desde o primeiro minuto", afirmou o ex-jogador, de 47 anos, durante o evento promovido pelo banco Santander.
Luís Figo realçou ainda que os jogadores do PSG podem encarar a final com a "consciência de que podem fazer história", principalmente após o triunfo nos quartos de final sobre os italianos da Atalanta (2-1), num jogo em que 'viraram' o resultado após o minuto 90.
Antigo médio do Benfica, da Fiorentina e do Fafe, além do AC Milan, Rui Costa concordou que a vitória sobre a Atalanta pode ser decisiva para o eventual sucesso do PSG na final, até pela 'força' coletiva que exibiu.
"Foi o que mais me surpreendeu no PSG. Dizia-se que era um conjunto com grandes individualidades, mas não uma verdadeira equipa. Só uma equipa coletivamente ligada consegue chegar àquele resultado depois de estar a perder até ao último minuto", frisou.
O antigo médio, de 48 anos, assumiu ser "difícil explicar a emoção" que sentiu em 28 de maio de 2003, ainda para mais com o "sabor especial de uma final italiana" - o AC Milan derrotou a Juventus nas grandes penalidades (3-2, após 0-0 em 120 minutos de jogo).
Titular na equipa do Real Madrid que venceu a final com os alemães do Bayer Leverkusen (2-1), em 15 de maio de 2002, Figo admitiu que é um "sonho" jogar a final da "competição de clubes mais vista do mundo e também a mais difícil, onde estão as melhores equipas e os melhores jogadores".
Ex-avançado de Barcelona, Inter de Milão e Real Madrid, Ronaldo Nazário integrou o plantel do AC Milan que venceu a Liga dos Campeões em 2007, mas não cumpriu nenhum jogo na prova pelos 'rossoneri', razão pela qual não venceu a prova.
"Infelizmente, não pude vencer a prova. Desfrutei, marquei muitos golos e a verdade é que é a maior competição de clubes do mundo", disse o ex-jogador, de 43 anos, que participou no evento por videoconferência por estar em isolamento, devido ao contacto com um infetado por covid-19.
Hoje presidente do Real Valladolid, da I Liga espanhola, Ronaldo Nazário antecipou uma "final tremenda" entre duas equipas que merecem disputar o troféu e considerou que Neymar, avançado brasileiro do PSG, pode ganhar o prémio de melhor jogador de 2020, caso vença a Liga dos Campeões.
"Ele tem jogado muito bem nos últimos jogos, sobretudo nesta fase final em Portugal. O Neymar precisa desse título para poder concorrer em ser melhor jogador do mundo na temporada. Os critérios sempre foram claros, e os títulos são importantes na avaliação. Se ele deseja esse título individual, tem de conseguir este título coletivo", disse.
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