O jogo prometia emoções fortes em Stamford Bridge. Chelsea e Nápoles não desludiram, mas foram os ingleses a deixar o relvado em festa, depois do 4-1 final.
Uma eliminatória imprevisível, que honrou a Champions e que só terminou no prolongamento, decidido com um golo de Ivanovic aos 105 minutos.
Depois do 3-1 favorável ao Nápoles na primeira mão, ainda no consulado de André Villas-Boas nos ‘blues’, os italianos podiam limitar-se a fazer jus à sua tradição. Porém, este Nápoles é muito pouco italiano quando tem um ataque do calibre de Cavani, Lavezzi e Hamsik e que parece atacar melhor do que defende.
O Chelsea até entrou bem no jogo, mas rapidamente a equipa italiana colocou o anfitrião em alerta, com ameaças consecutivas de Hamsik (8’), Cavani (12’) e Lavezzi (14’). As transições rápidas baralhavam as marcações dos ingleses e Cech via a sua baliza constantemente em perigo.
Assim, foi com alguma surpresa que surgiu o golo do Chelsea, aos 28’. O experiente Drogba cabeceou de forma exemplar e deu alento aos adeptos londrinos. O tento despertou ainda a equipa, que passou a ser mais perigosa e a assustar De Sanctis de forma mais assídua. E quase sempre por Drogba, mas sem mais alterações até ao intervalo.
Contudo, John Terry ofereceu um início de sonho para o Chelsea no segundo tempo, com o 2-0, logo aos 46’, num grande cabeceamento, após canto de Lampard. Os ‘blues’ estavam agora na frente da contenda.
Sabendo que o resultado o atirava para fora dos ‘quartos’, o Nápoles teve uma reação enérgica e pressionou os londrinos. A pressão surtiu efeito logo aos 55’, com o 2-1 a ser assinado por Inler, num belo ‘tiro’ de longe, sem hipótese para Cech.
Mudava tudo outra vez na eliminatória. Agora era a vez do Chelsea voltar a correr pelo sonho da Champions. O esforço sorriu-lhe aos 75’, numa grande penalidade convertida por Lampard. Curiosamente, pouco antes Cavani desperdiçara uma boa ocasião que poderia ter deitado por terra as esperanças inglesas.
O 3-1 a 15 minutos do fim deixava no ar o cenário de prolongamento. Dito e feito.
Os italianos pareciam mais frescos, mas foi o Chelsea que soube sofrer e ser feliz. Aos 105’, após uma boa jogada de Ramires, Ivanovic fuzilou De Sanctis e elevou a vantagem para 4-1. O defesa sérvio fez o que Torres não conseguiu o jogo todo e o que Drogba ameaçava sem sucesso.
Depois disso, o Nápoles ainda esboçou uma reação cheia de coração, mas sem a frieza necessária para alterar o desfecho. O Chelsea, que ainda não perdeu sob o comando de Roberto Di Matteo, segue assim para os ‘quartos’ da Champions e junta-se a Apoel, Benfica, Bayern Munique, Barcelona, Marselha, Milan e Real Madrid.
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