O treinador de futebol da Atalanta admitiu hoje ter tido sintomas de covid-19 um dia antes do encontro da Liga dos Campeões com o Valência, disputado em 11 de março e à porta fechada, devido à pandemia.
Em entrevista à Gazzetta dello Sport, Gian Piero Gasperini, explicou que começou a sentir-se mal em 09 de março, um dia antes do jogo da segunda mão dos oitavos de final da ‘Champions’.
“Eu não estava com febre, mas me sentia destruído e como se tivesse febre de 40 graus”, afirmou o treinador, de 62 anos, explicando que quando regressou a Bérgamo, depois do jogo, a cidade “parecia uma guerra, com ambulâncias a passar de dois em dois minutos”.
“À noite, sempre a piorar, pensei: se for ao hospital o que vai acontecer comigo, tive medo de morrer”, admitiu Gasperini, de 62 anos, que acabou por recuperar sem necessitar de internamento.
Muitos especialistas apontaram o encontro da 1.ª mão, disputado em Milão, em 19 de fevereiro, como um dos grandes focos de contágio da doença na Europa, sobretudo em Espanha e Itália, dois dos países mais afetados do continente.
O jogo da segunda mão, que decorreu em 10 de março, em Valência já foi à porta fechada, numa altura em que a pandemia começava a alastrar.
Gian Piero Gasperini referiu que os testes serológicos realizados há 10 dias à equipa da Atalanta confirmam que teve covid-19, acrescentando: “tenho anticorpos, mas isso não significa que esteja imune”.
Os primeiros testes realizados à equipa de futebol do Valência, na qual alinham os portugueses Gonçalo Guedes e Thierry Correia, revelaram resultados positivos em 35% do plantel.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 366 mil mortos e infetou mais de 6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (103.472) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,7 milhões).
Seguem-se o Reino Unido (38.376 mortos, mais de 272 mil casos), Itália (33.340 mortos, mais de 232 mil casos), o Brasil (28.834 mortes e quase meio milhão de casos) França (28.771 mortos, mais de 188 mil casos) e Espanha (27.125 mortos, mais de 239 mil casos).
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