Após o empate a um golo diante da Atalanta, em jogo da primeira mão dos oitavos de final da Liga Europa, Rúben Amorim reconheceu que a equipa passou por dificuldades. O técnico leonino aponta ao desgaste físico como principal fator da menor intensidade aplicada pela formação de Alvalade.
"Já estamos a baixar muito o ritmo desde o último jogo e, quando baixamos intensidade e ritmo - e não porque os jogadores querem, porque não estamos com capacidade de manter o nível de dinâmica - sente-se muito. Levamos a eliminatória para Itália. Esperamos recuperar mais os jogadores e ter pelo menos três dias entre os jogos. Já se sentiu no jogo anterior e hoje voltou-se a sentir algumas faltas de energia. Tivemos alguma sorte hoje com as três bolas no poste, também mandámos uma, mas estamos na eliminatória e vamos ver em Itália", afirmou Amorim.
O treinador do Sporting admite que o calendário da equipa está apertado, de tal forma que o treinador admitiu que por vezes pensou, não tanto na discussão da eliminatória, mas antes na "sobrevivência" na discussão da mesma.
"Obviamente que preocupa porque não há volta a dar, a equipa sente muito. Uma coisa são três dias entre jogos, outra são dois. Sente-se a equipa cansada mesmo rodando, mas estamos dentro das competições todas. Hoje, às vezes, senti que era mais sobreviver do que jogar e dividir a eliminatória. Para jogar melhor só precisamos de recuperar um pouco melhor. Vamos com a eliminatória viva, não há golos fora e jogamos sempre para ganhar. Está tudo em aberto", disse o técnico.
Amorim surpreendeu ao deixar Viktor Gyokeres no banco, fazendo entrar o avançado sueco na segunda parte, e ao fazer alinhar Koindredi de início. O técnico dos leões sublinha a necessidade de gerir o esforço de Gyokeres e deixou elogios a Koba.
"Só quem não viu o jogo com o Farense é que não viu que o Gyökeres estava no limite, perdeu quase todos os duelos individuais. Estamos a rodar toda a gente para jogar toda a gente, para que possamos estar em todas as competições. Koba? Viu-se qualidade a sair com bola, a ter bola. Algumas vezes relaxado talvez porque isto é um nível diferente", concluiu.
Já Paulinho, autor do golo do Sporting, reconheceu que foi uma partida difícil, já que os leões não estão acostumados a defrontar adversários com o estilo de jogo da Atalanta. Mesmo assim, o avançado dos verdes e brancos realça que a eliminatória ainda está por decidir.
"Foi um jogo complicado. Já os conhecíamos, jogámos contra eles e são uma excelente equipa. É muito difícil contrariar a forma como eles jogam, porque não é normal jogar homem a homem. Mas está tudo em aberto e vamos lá para tentar passar. É difícil fazermos uma análise já, mas temos de ver o que podemos melhorar. Fizemos coisas boas e agora é aproveitar para analisar e fazermos melhor no próximo. Empatámos, está tudo em aberto e vamos lá para tentar ganhar e passar", afirmou o avançado português
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