O Benfica só defrontou uma vez o Arsenal e afastou os ingleses de forma sensacional, na época 1991/92, com Isaías como ‘herói’, rumo à primeira fase de grupos da história da principal prova europeia de clubes de futebol.
Sob o comando do sueco Sven-Goran Eriksson, os ‘encarnados’ empataram 1-1 na Luz, para, depois, vencerem no Highbury Park por 3-1, após prolongamento, naquela que é uma das grandes noites europeias da brilhante história europeia das ‘águias’.
Em Londres, em 06 de novembro de 1991, Colin Pates adiantou os locais - no jogo e na eliminatória -, aos 20 minutos, mas Isaías marcou aos 36 o tento que restabeleceu a igualdade e forçou o tempo extra, pois não houve mais golos no tempo regulamentar.
No prolongamento, o russo Vasili Kulkov selou a reviravolta, aos 100 minutos, assistido pelo compatriota Sergei Yuran, para, aos 107, Isaías ‘bisar’, para o seu terceiro golo na eliminatória, e garantir ao Benfica um lugar na histórica fase de grupos.
O Benfica viria a ficar no Grupo B, juntamente com FC Barcelona, Sparta Praga e Dinamo Kiev, enquanto o Grupo A foi composto por Sampdoria, Estrela Vermelha, Anderlecht e Panathinaikos, numa altura em que só campeões tinham acesso à prova.
A UEFA batizou o novo formato como Liga dos Campeões, designação que se mantém, mas, numa decisão que só a organização pode – ou não – explicar, essa época não entra nas estatísticas da ‘Champions’, que oficialmente só começa em 1992/93.
Independentemente desse facto, os ‘encarnados’ fizeram história em Highbury, onde se apresentaram inicialmente com Neno, Kulkov, Rui Bento, Paulo Madeira, Veloso, Vítor Paneira, Thern, Schwartz, Rui Costa, Isaías e Yuran.
Sven-Goran Eriksson, que estava a cumprir a segunda passagem pelos ‘encarnados’, fez as duas substituições permitidas, colocando em campo César Brito (80 minutos, por Rui Costa) e José Carlos (118, por Isaías).
Na primeira mão, na antiga Luz, Isaías também marcou, logo aos 15 minutos, mas a vantagem do Benfica quase nada durou, já que, aos 17, Kevin Campbell restabeleceu a igualdade, que se manteve até ao final do encontro.
Em relação ao jogo de Londres, o sueco apostou inicialmente em Rui Águas, que viria a ser substituído por César Brito aos 48 minutos, e não utilizou Rui Costa. Pacheco também jogou, entrando aos 74, para o lugar do ‘capitão’ Veloso.
Antes desta eliminatória, o Benfica tinha ‘cilindrado’ o Hamrun Spartans, de Malta, por 10-0, com 6-0 fora, num jogo em que Yuran logrou um ‘póquer’, e 4-0 em casa.
Na fase de grupos, o Benfica chegou ao último jogo ainda com hipóteses de chegar à final, só para o primeiro colocado, mas tinha de vencer no reduto do FC Barcelona, o que não aconteceu, com os catalães a imporem-se por 2-1.
A formação ‘culé’ acabaria por chegar ao seu primeiro título europeu, ao vencer na final de Wembley a Sampdoria por 1-0, após prolongamento, graças a um livre direto do holandês Ronald Koeman, que já treinou o Benfica e orienta agora o ‘Barça’.
O terceiro encontro entre Benfica e Arsenal, da primeira mão dos 16 avos de final da Liga Europa, realiza-se na quinta-feira, pelas 21:00 locais (20:00 em Lisboa), no Estádio Olímpico de Roma, casa emprestados dos ‘encarnados’. O primeiro embate entre Sporting de Braga e Roma é às 17:55, na ‘pedreira’.
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