Ao 11.º jogo na Alemanha, o Sporting averbou a 10.ª derrota, num terreno onde nunca venceu. Wolfsburgo era uma boa oportunidade para quebrar o enguiço mas os segundos 45 minutos "estragaram" tudo. As duas "caras" que o "leão" mostrou no Volswagen Arena permitem sonhar com o apuramento. Para tal, é preciso repetir os primeiros 45 minutos mas com golos. Rui Patrício foi enorme e só não conseguiu travar dois remates de Das Bost. O golo madrugador no segundo tempo abateu o “leão”.
Quando o sorteio colocou o Wolfsburgo no caminho do Sporting, os "leões" já sabiam que esta seria uma eliminatória muito complicada. O segundo colocado da Bundesliga está de boa saúde financeira, como mostram as contratações do internacional belga Kevin De Bruyne e do internacional alemão Schurrle por valores acima dos 30 milhões de euros. A veia goleadora dos "lobos", comandados por Dieter Hecking, metia respeito: 12 golos nos últimos três jogos.
O Sporting até fez uma boa primeira parte. Aliás a exibição nos primeiros 45 minutos dá esperanças de conseguir um bom resultado em Alvalade. Apesar de apenas ter tido uma única oportunidade, desperdiçada por Carrillo aos 34 minutos, a equipa de Marco Silva travou as “estrelas” do Wolfsburgo. O Sporting tinha mais bola, jogava no meio-campo contrário e não permitia que o adversário mostrasse o seu poderio ofensivo. Tirando um remate de Schurrle que Patrício defendeu, aos 16 minutos e um remate de Das Bost na área, os "lobos" não assustaram o "leão". O Sporting até poderia ter ido para o intervalo em vantagem, se o árbitro Alon Yefet tivesse visto um corte com a mão de Vieirinha dentro da área. Penálti claro que ficou por marcar.
Mas a "alcateia" de Dieter Hecking voltou esfomeada do intervalo e marcou logo no segundo minuto. Nani fez um passe a "queimar", Montero não conseguiu ganhar a Naldo. O central brasileiro aguentou a carga, e soltou na hora certa para Das Bost receber e bater Rui Patrício. A defesa do Sporting tinha subido para colocar o holandês em fora-de-jogo mas Jefferson esqueceu-se de acompanhar os companheiros. Logo depois o mesmo Das Bost fez o 2-0 numa boa jogada de envolvimento atacante pela direita, o lado de Jefferson. O “leão” caía, abatido.
A derrota podia ter outros contornos, não fosse Rui Patrício. O guarda-redes exibiu-se a bom nível, depois do erro que custou um empate frente ao Belenenses. Negou o golo a Das Bost aos 68 após passe de Schurrle, e ao próprio Schurrle aos 78 com duas grandes intervenções.
O Sporting, que raramente conseguiu uma jogada princípio, meio e fim, podia ter amenizado a derrota aos 71 minutos, quando João Mário desperdiçou um bom centro de Cédric e cabeceou para fora.
Pela segunda parte que fez, ficou a ideia que o Wolfsburgo podia ter feito outro resultado se quisesse acelerar. É verdade que beneficiou de um certo desnorte do Sporting mas as "estrelas" dos "lobos" só mostraram serviço no segundo tempo.
Em Alvalade, já com William Carvalho e possivelmente Slimani, o Sporting pode virar o resultado. Para tal, basta exibir-se igual ou melhor do que mostrou no primeiro tempo que, com o apoio do público, pode muito bem virar a eliminatória a seu favor. Para isso, será preciso um Jefferson mais concentrado (péssima exibição), um Nani a mostrar o que vale (esteve muito apagado na noite desta quinta-feira). A tarefa não será fácil.
Para a história fica mais uma derrota em solo germânico, a décima em onze jogos, num terreno onde o Sporting nunca venceu.
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Marco Silva: "Nada está perdido"
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