O presidente da UEFA considerou "prematura" a decisão de dar por terminada a Liga francesa de futebol devido à pandemia COVID-19, em declarações à BeIn Sport.
"Para mim, a decisão foi prematura. Acho que decidiram anular a temporada demasiado cedo. Não terá sido o ideal, porque as coisas podiam melhorar e todos poderiam jogar, exceto alguns campeonatos", disse Aleksander Ceferin.
O dirigente esloveno, apesar de lamentar a decisão, realçou que, "mais uma vez, foi uma decisão dos governos, e que podem fazer os clubes senão respeitá-la".
O futebol francês ficou definitivamente suspenso em 30 de abril, após o anúncio do primeiro-ministro francês Éduard Philippe de que a temporada 2019/2020 dos desportos profissionais não deveria ser retomada.
"Temos dois clubes franceses que jogam na Liga dos Campeões (Paris Saint-Germain e Lyon), agora eles vão apenas voltar a jogar em agosto. Não sei se é bom para estas equipas, não jogarem e (de repente) disputarem jogos duros e importantes como estes", frisou.
Ceferin disse ainda que decidiu falar sobre estes problemas, mas que deixa nas mãos da Liga francesa e das autoridades gaulesas a decisão final, numa altura em que o Olympique de Lyon, no qual alinha o guarda-redes português Anthony Lopes, já recorreu para a justiça contra a decisão de suspensão do campeonato, que o priva de uma qualificação europeia.
Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas – Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América -, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas.
Os campeonatos de futebol de França e dos Países Baixos foram cancelados, enquanto outros países preparam o regresso à competição, com fortes restrições, como sucede na Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal, que tem o reinício da I Liga previsto para 04 de junho.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 297 mil mortos e infetou mais de 4,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios. O Reino Unido totaliza 33.186 mortos e cerca de 230 mil casos de infeção confirmados.
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