Antes do jogo Liga Muçulmana vs Maxaquene, uma equipa de inspetores do Ministério do Trabalho tentou impedir que os jogadores estrangeiros do Campeão Nacional se fizessem ao relvado, alegadamente por não terem a sua situação de permanência no país regularizada.
O caso agitou as hostes do Maxaquene que impediram que a equipa do MITRAB alcançasse o seu objectivo, sendo que os inspetores permaneceram no campo da Liga até ao intervalo, mas viram a sua intenção redundar num fracasso, pois os jogadores «tricolores» permaneceram no relvado para receber as instruções na pausa do jogo.
O Vice-Presidente do Maxaquene e Advogado de profissão, Roque Gonçalves, reagiu a esta inspeção inusitada do ministério do Trabalho que teve como único visado os jogadores estrangeiros que atuam nos Campeões Nacionais, alegando que a mesma deveria acontecer na sede do clube.
O dirigente «tricolor» achou estranho que aconteceu na tarde de domingo, afirmando que «do ponto de vista desportivo estes atletas estão legalmente inscrito e quem legaliza a inscrição dos jogadores de futebol é a Federação de Futebol e a FIFA», significando que podem jogar.
Em relação à legalização em termos laborais, Roque Gonçalves discordou da posição do Ministério do Trabalho, visto que após a moratório concedida na altura em que este caso despoletou «nem todos clubes tem a mesma estrutura que facilita na resolução e um clube como Maxaquene leva o seu tempo para resolver o assunto, visto que alguma da documentação exigida deve ser colectada noutras instituições».
«Pedimos aos MITRAB quando o prazo esgotou a prorrogação do mesmo, mas até hoje não recebemos qualquer resposta, senão a ameaça da vinda dos inspectores que se concretizou este domingo», rematou o Roque Gonçalves.
O Maxaquene diz estar já a reunir a documentação para conclusão do processo, «faltando neste momento a certidão de quitação das finanças, a certidão de quitação do Instituto de Segurança Social» que fazem parte do rol dos documentos necessários e que estão em atraso porque «desde a independência do país os clubes nunca trataram estes documentos como a Lei o prevê».
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