A avançada Jéssica Silva afirmou na terça-feira que a seleção feminina de futebol pretende “continuar a mostrar o Portugal competente e competitivo” que tem sido nos últimos anos, na estreia em Campeonatos do Mundo.
“Temos de acreditar em nós. Sabemos perfeitamente aquilo que tem sido o processo e o caminho ao longo destes anos todos, por isso é que estamos no Mundial. O que nós queremos fazer é chegar lá e continuar a mostrar o Portugal competente e competitivo que temos mostrado ao longo destes anos”, frisou, aos jornalistas, a internacional lusa.
À margem de um evento de apresentação de uma campanha publicitária patrocinada por uma marca de cervejas, de apoio à equipa das ‘quinas’, Jéssica Silva considerou que a inédita presença de Portugal num Mundial feminino “traduz todo o trabalho que foi feito”, com as jogadoras a olharem para isso como uma “responsabilidade acrescida”.
“Ainda faltam 25 dias e acho que o maior inimigo acaba por ser esta espera, que revela também alguma ansiedade, mas ainda é cedo. Estamos muito focadas em aprimorar os processos e em perceber o que o ‘professor’ Francisco Neto quer que nós façamos em campo, mas estamos muito felizes, muito orgulhosas, muito motivadas e com sentido de trabalho muito grande. Portanto, acho que está tudo alinhado”, realçou a avançada.
Jéssica Silva, de 28 anos, alcançou recentemente as 100 internacionalizações ao serviço da seleção nacional, um feito que “estava longe de imaginar” quando começou a jogar futebol, embora lembre alguns percalços que não lhe permitiram conseguir mais cedo.
“É um marco muito especial e algo que me deixa bastante orgulhosa. O que eu quero é continuar a orgulhar e representar Portugal ao mais alto nível, como também continuar a mostrar que a marcar presença em fases finais é onde Portugal tem de estar”, atirou.
Sendo uma das mais experientes do grupo, a futebolista do Benfica, de 28 anos, aponta à necessidade de compreender que, efetivamente, existem seleções melhores e que já se encontram em fases finais há mais tempo, sem que isso invalide a capacidade das lusas.
“Nós somos as novatas e temos de continuar a crescer e a aprender com elas, mas isso não invalida o facto de termos de nos mostrar capazes e de continuar a mostrar aquilo que temos feito”, sublinhou a dianteira, que atua preferencialmente pelos dois flancos.
A seleção feminina concentrou-se na passada segunda-feira na Cidade do Futebol, em Oeiras, onde permanecerá até 10 de julho, dia em que viaja para a Nova Zelândia - que organiza o Mundial em conjunto com a Austrália -, após dois jogos de caráter particular.
A equipa nacional terá testes contra Inglaterra, no sábado, e Ucrânia, dia 07 de julho, de preparação para os três confrontos do Grupo E do Mundial, contra os Países Baixos, em 23 de julho, o Vietname, em 27 de julho, e os Estados Unidos, no dia 01 de agosto.
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