Os Estados Unidos precisaram de paciência, mas fizeram prevalecer hoje o papel de favoritos no Mundial de futebol feminino, batendo na final a Holanda, por 2-0, em jogo disputado no Estádio de Lyon.
Foi um autêntico jogo de paciência para as norte-americanas, que tiveram de sofrer quase uma hora para ‘aniquilar’ a resistência das holandesas, campeãs europeias, que tiveram na guarda-redes Sari van Veenendaal a sua melhor jogadora.
Os Estados Unidos chegaram à final de Lyon com 24 golos marcados (o melhor ataque) frente a um adversário com apenas três sofridos (a melhor defesa) e coube à Holanda resistir o mais possível, contrariando os inícios fortes das norte-americanas.
No Mundial, que teve início em 07 de junho, em todos os jogos as norte-americanas já tinham marcado pelo menos um golo até aos 12 minutos, mas hoje Van Veenendaal, do Arsenal, parou tudo o que pôde, até à grande penalidade para a equipa adversária.
A primeira parte mostrou a guardiã em grande nível no lado holandês, a par, no lado contrário, da avançada norte-americana Megan Rapinoe, eleita melhor jogadora do Mundial e constante fonte de perigo no lado esquerdo do ataque.
O primeiro susto ainda surgiu de um forte remate de Julie Ertz, aos 28 minutos, embora quase à figura de Van Veenendaal, mas, aos 38, Samantha Mewis e Alex Morgan obrigaram a holandesa a defesas de grande nível.
Primeiro, a guardiã desviou um cabeceamento de Mewis e, depois, com o pé, afastou o remate de Morgan para o poste.
Alex Morgan esteve novamente muito perto de inaugurar o marcador, aos 40, com a guarda-redes a esticar-se junto ao seu poste esquerdo.
A Holanda raras vezes conseguiu sair a jogar, senão em contra-ataque, numa fase de jogo em que foi constantemente empurrada para a sua zona defensiva, embora os Estados Unidos só desbloqueassem o marcador aos 61 minutos.
Uma tentativa imprudente de chegar à bola da central Van Der Gragt resultou num toque em Alex Morgan e numa consequente grande penalidade, que Megan Rapinoe transformou com mestria, para garantir o estatuto de melhor marcadora do Mundial, com seis golos
Estava desfeita a resistência, com as norte-americanas a voltarem a marcar, numa ‘caminhada’ com a bola desde o meio-campo de Rose Lavelle, que já dentro da área atirou para o 2-0, aos 69 minutos.
O jogo ainda teve outras oportunidades as norte-americanas, em especial de Morgan – a avançada terminou o Mundial com os mesmos golos de Rapinoe, mas com mais tempo de jogo – e Dunn, enquanto a Holanda teve a sua melhor oportunidade aos 80, num livre de Sherida Spitse, a sair junto ao poste.
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